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Thiago Pereira tem ouro anulado e outro brasileiro herda medalha

Mister Pan comete erro na transição e vê chance de alcançar ginasta cubano ser adiada para hoje

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
17/07/2015 | 07:00
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Estadão Conteúdo


Thiago Pereira venceu, mas não levou a quarta medalha nesta edição do Pan-Americano, disputada em Toronto. Ontem, o brasileiro bateu primeiro nos 400 m medley (quatro estilos), mas erro na transição do nado peito para o crawl pôs tudo a perder. Ele não tocou a parede com a mão direita e, por isso, foi desclassificado. Assim, o compatriota Brandonn Pierry herdou o ouro e celebrou também o recorde mundial júnior, com o tempo de 4min14s47.

Aparentemente, Thiago não percebeu que cometeu o erro e se surpreendeu com a decisão dos árbitros. “Nado essa prova há 15 anos e faço o mesmo movimento na troca dos estilos, não dá para errar”, comentou, antes de rever a imagem da prova. “Nunca fui desclassificado dessa maneira”, contestou.

O Brasil recorreu da decisão dos árbitros, mas a contestação foi negada e a desclassificação de Thiago, oficializada. “Não tem nada que eu possa fazer, teimar não adianta. É como no futebol quando o juiz marca um pênalti”, comparou Thiago.

A medalha representaria a 22ª conquista do brasileiro na história do Pan, o que igualaria recorde do ginasta cubano Eric Lopez. Hoje, Thiago tem mais uma chance, já que vai nadar os 100 m costas, a partir das 10h20 (de Brasília).

A decisão polêmica da arbitragem na prova de Thiago não foi a única na noite de ontem. A canadense Emily Overholt também foi desclassificada nos 400 m medley porque cometeu erro em uma das transições. Ela terminou em segundo. Com isso, a brasileira Joanna Maranhão, que ficou em quarto, herdou a medalha de bronze. Assim como o Brasil, o Canadá recorreu, mas teve seus argumentos negados pelos árbitros.

Mais importante que a possível medalha, Joanna celebrou a marca na prova. Ela bateu em 4min38s07, quebrando seu melhor tempo, que era 4min40s00, registrado há 11 anos, na Olimpíada de Atenas. O feito, emocionou a brasileira. “Onze anos depois. É o quarto lugar mais feliz da minha vida. Estava dentro de mim faz muito tempo. Encarei os fantasmas de ser finalista olímpica. Fiz o melhor tempo da vida aos 28 anos. Estou em êxtase”, disse ela, antes de saber que herdaria o bronze.

O Brasil conseguiu mais uma medalha ontem, no revezamento 4 x 200 m livre. Com ótimo desempenho na reta final, as brasileiras asseguraram o bronze, atrás do combinado norte-americano, que pulverizou o recorde da competição, abaixando a marca em mais de seis segundo, com 7min54s32.




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