Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde entre 1994 e 1995 e divulgada pelo Correio Braziliense nesta segunda-feira, constatou que dos 179 mil estudantes examinados em 428 municípios de todo o país, 59 mil apresentavam deficiência de iodo e, entre eles, 9 mil sofriam uma carência aguda desta substância no organismo.
``Embora as manifestaçoes mais alarmantes ainda nao sejam observadas, as conseqüências aparecerao no futuro', advertiu a endocrinologista Denise Franco, da Fundaçao Hospitalar do Distrito Federal, responsável por um programa que estuda os efeitos da falta de iodo no organismo. ``É inaceitável que haja carência de iodo em qualquer naçao civilizada', acentua.
O problema é particularmente grave em crianças menores de cinco anos, já que o organismo ainda está em formaçao, o que traz altos riscos de deficiência mental.
No Paraná, cerca de 35% dos alunos das escolas municipais nao conseguiram superar o mínimo exigido, índice duas vezes superior à média nacional.
Em algumas cidades o problema já é endêmico. Dos 32 alunos de uma escola em Ventura, cinco sao deficientes mentais, dois sao surdos-mudos e os demais têm dificuldades para aprender. A populaçao mais pobre, sem recursos e alternativas alimentares que compensem a falta de iodo, é a mais afetada. Os estados onde a situaçao é mais agravante sao Acre, Amapá e Tocantins.
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