Política Titulo Diadema
Jd.Marilene aguarda promessa de Lauro

Contrato para reurbanização do bairro de Diadema foi assinado em 2013 por Lauro, mas Prefeitura atrasa documentação e obra trava

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
12/07/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Quando assinou contrato com a Caixa Econômica Federal, em 27 de dezembro de 2013, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), prometeu melhorar a vida dos moradores do Jardim Marilene, localidade periférica, próximo ao bairro Piraporinha e Vila Nogueira. Passado um ano e sete meses, situação é a mesma: esgoto a céu aberto, barracos amontoados e sem nenhuma esperança de ver cumprido o compromisso do verde.

Falta de licença ambiental e documentação impossibilitaram a validação do contrato, cujo valor é de R$ 38,4 milhões, que seriam destinados para obras de reurbanização.

No site da Caixa, as informações correspondentes ao convênio dão conta que o contrato está em caráter de suspensão, sem perspectiva de prazo para liberação. No portal, há também registro sobre situação da obra, que atualmente foi classificada como “não iniciada”.

Por meio de sua assessoria, a instituição bancária explicou que contratos que estão suspensos precisam de documentos a serem enviados por prefeituras e que ficam em análise, destacando que “à medida que pendências vão sendo superadas, elas serão registradas”.

A vigência do compromisso vai até 27 de agosto de 2016, daqui a exatos 13 meses e 14 dias.

REALIDADE
De acordo com os moradores da região, a situação é dramática, sob o ponto de vista da qualidade de vida. Residente antigo da Avenida Maria Cândida de Oliveira, o aposentado Antônio José da Silva, 54 anos, conhecido como Toninho e que mora no bairro há 38 anos, contou que o seu sonho e de muitos “é poder sentir orgulho do bairro”.

“Muitos aqui trabalham bastante, dão duro e só queriam ver melhores condições nas ruas e com as moradias. Mas não dá para esperar muita coisa porque a administração nos deixou de lado”, reclamou.

O morador detalhou que a notícia da assinatura do contrato com a Caixa gerou “muita expectativa” entre os residentes, mas que o sentimento de frustração logo se espalhou ao ver pouca ação efetiva do governo Lauro. “O que vimos foi um cadastramento das famílias que moram aqui, que entendemos servir para remoção. Depois disso, nada mais foi falado”, acrescentou.

Por nota, a Prefeitura informou ter realizado cadastramento das famílias residentes do Jardim Marilene. Entretanto, não destacou quais foram os entraves de documentos apontados pela Caixa, informando apenas que “os projetos executivos para obra ser contratada já foram realizados e estão aguardando aprovação”.

Sem especificar prazos, andamento dos serviços e cronograma da obra, a administração admitiu que a região sofre “em virtude das condições de vulnerabilidade habitacional e social”.

Na sexta-feira, o Diário mostrou que problemas documentais afetam outras obras da gestão Lauro. Com assinatura junto à Caixa em junho do ano passado, no valor de R$ 132,9 milhões, a Prefeitura segue sem conseguir abrir processo de licitação para construção dos corredores de ônibus Leste/Oeste e Alvarenga/Robert Kennedy/Ribeirão dos Couros.




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