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Parque Celso Daniel tem tarde de chorões
Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
16/08/2003 | 16:45
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Embalados pela estréia, há pouco mais de duas semanas e com a platéia do Teatro Municipal de Santo André lotada, os 21 integrantes da Camerata do Choro de Santo André voltam a se apresentar na cidade. O show, com entrada franca, é neste domingo, a partir das 15h, no Parque Celso Daniel.

Esse espetáculo terá poucas modificações em relação ao que foi exibido antes. Segundo Joca, que é violonista de sete cordas e regente do grupo, foram incluídas quatro músicas novas, que o grupo tem ensaiado nos últimos dias. Entre elas, o choro Na Glória, de Raul de Barros, e uma valsa de Eurides Paifer, cavaquinhista da região.

No mais, há os clássicos do gênero, como Pedacinho do Céu, Chorando Calado, Minhas Mãos, Meu Cavaquinho e Delicado, todas de Waldir Azevedo, e ainda as de Pixinguinha: Lamento, Carinhoso (parceria com João de Barro), Rosa e Naquele Tempo (com Benedito Lacerda).

O programa conta também com músicas como Flor Amorosa (de Joaquim Calado), Odeon (Ernesto Nazareth), Urubu Malandro (Loro e João de Barro), Ave Maria (Zuza Macedo) e Tico-tico no Fubá (Zequinha de Abreu).

Joca afirma que, na maior parte do tempo, todos os integrantes tocam juntos. Em alguns momentos, porém, determinados músicos fazem solos ou se juntam em grupos menores. Isso ocorre principalmente nas músicas de João Pernambuco, como Jongo e Som de Carrilhões.

De acordo com Joca, o trabalho da Camerata está ainda mais afiado que na estréia. “O pessoal está entusiasmado com os resultados, tanto que passaremos a ensaiar duas vezes por semana, em vez de uma, como vínhamos fazendo”, diz. O ânimo da Camerata contagiou até o filho de Joca, Carlos Alberto Santana Moura, 22 anos. “Ele toca violão de sete cordas e ingressou no grupo a tempo de participar da estréia”, afirma. Segundo ele, muitas pessoas têm procurado a Camerata com a intenção de se transformar em integrante: “Mas, por enquanto, não temos como absorver mais gente”.

Joca avisa que o próximo passo do grupo será mostrar choros inéditos, como os de Canhotinho, do Demônios da Garoa, que conferiu a estréia da Camerata no Teatro Municipal. Na apresentação de hoje, os músicos da Camerata prestarão uma homenagem a Alaor Araújo, pandeirista do grupo que morreu recentemente e que nem chegou a participar da estréia, pois estava hospitalizado. “Sobre sua cadeira, colocaremos seu pandeiro, seu uniforme e chapéu”, diz Joca. Os pertences permanecerão lá durante todo o espetáculo.

Camerata do Choro de Santo André – Show. Domingo, às 15h. No Parque Celso Daniel – av. Dom Pedro II, 940, Santo André. Entrada franca.




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