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Região movimentará R$ 370 milhões nesta edição da Black Friday

Pesquisa da Metodista mostra que o gasto médio programado pelos consumidores será de R$ 779; muitos vão antecipar compras de Natal

Da Redação
26/11/2021 | 08:15
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Claudinei Plaza/DGABC


Primeiro estudo da série, a PPIC (Pesquisa de Intenção de Compras) Black Friday, da Universidade Metodista de São Paulo, mostra que o gasto médio programado pelos consumidores do Grande ABC será de R$ 779. Considerando a proporção dos que declararam que realizarão compras hoje, para aproveitar as promoções, e a distribuição entre faixas de renda, a estimativa é a de que a data movimente cerca de R$ 370 milhões em compras pela região.

O valor não necessariamente será gasto no comércio local, dado que esse evento apresenta elevada propensão de consumo por meio digital, onde as promoções tendem a ser maiores e a possibilidade de comparação de preços pelos consumidores, mais ampla e ágil, segundo consideração do professor Sandro Maskio, coordenador de estudos do Observatório Econômico da Metodista, que realiza há uma década as tradicionais PICs de Natal, dias das Mães, dos Pais, dos Namorados e das Crianças. 

DESPESA MÉDIA
O levantamento relativo aos gastos projetados dos consumidores inclui especialmente a avaliação da despesa média e a propensão à antecipação da compra de presentes de Natal junto a alguns recortes do público do Grande ABC, formado por sete municípios e reunindo 2,8 milhões de habitantes. Mais da metade (57,7%) dos respondentes está na faixa de renda entre três e dez salários mínimos.

Pelo menos 16% dos 250 entrevistados afirmaram que não presentearão ninguém no Natal. Entre os que também presentearão no Natal, aproximadamente 48% responderam que não deverão antecipar a compra de presentes na Black Friday. Na outra ponta, quase 11% declararam que adiantarão todos os presentes na Black Friday, data que desde meados da última década ganhou popularidade no Brasil impulsionada pelas expectativas de descontos nos preços.

SHOPPINGS

Para tentar aproveitar a data, o Shopping Praça da Moça, em Diadema, vai estender a ação por todo o fim de semana, com direito a horário ampliado. Hoje e amanhã o centro comercial estará aberto das 10h às 23h, enquanto no domingo funcionará das 10h às 22h.

O Shopping ABC, em Santo André, também estará com horário estendido hoje e amanhã, dias em que fica aberto até 23h. Aliás, hoje Papai Noel aparece vestido de preto, além da presença de uma banda e artistas performáticos, a partir das 14h, pelos corredores.

Descontos devem desapontar compradores, diz professor

A cada ano, a Black Friday tem conquistado mais adeptos que também usam o 13º salário para compra mais robusta, como carro, eletrodomésticos e celulares, mas muitos consumidores passaram a fazer da data um planejamento preventivo para os presentes natalinos ao perceberem que podiam ter uma maior economia e, assim, a data passou a ser uma espécie de antecipação das compras de fim de ano.

Mas, neste ano, a Black Friday deve desapontar o consumidor que espera o ano inteiro para realizar um desejo de consumo. Quem garante é o professor Ulysses Reis, especialista em varejo da Strong Business School, que afirma que essa será a pior Black Friday de todos os tempos e indica os motivos. Falta produto, isso porque as empresas não têm grandes estoques para uma big promoção, como itens tecnológicos, que são a preferência do consumidor brasileiro.

Afinal, a fabricação sofreu o impacto da falta de chips no mercado mundial, e os preços dos produtos, principalmente vindos da China, tiveram aumento médio de 15%. De forma que os empresários brasileiros não vão abrir mão de uma margem de lucro e, por isso, os descontos serão menores.

Além disso, falta até mesmo embalagem. “Não se retoma o nível produtivo da noite para o dia. A normalidade deve acontecer apenas no segundo semestre de 2022.”

Professor Ulysses diz que houve um suspiro do varejo no primeiro semestre, e quem aproveitou fez economia, mas a falta de produto, por conta de baixo estoque, vai representar menos ofertas na Black Friday. “Talvez os preços não sejam interessantes. Acredito que, em termos de queda de valores, será a pior Back Friday dos últimos seis anos“, afirma o especialista.




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