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Jetta Variant muda visual e ganha 'olhos' de Golf
Marcelo Monegato
Enviado a Vinhedo
24/03/2010 | 07:10
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Pouco mais de seis meses após a Volkswagen revelá-la ao mundo no Salão de Frankfurt, em setembro, chega ao Brasil até o fim do mês a nova Jetta Variant. A perua fabricada no México e comercializada por aqui desde 2008 traz como principais novidades a dianteira redesenhada e novos equipamentos de série. Ah, o preço também mudou - é claro! Mas ao contrário do que imaginam, não aumento. Diminuiu. O modelo, que antes partia de R$ 85.190, agora custa R$ 83.990.

"Conseguimos chegar a um preço mais competitivo a partir das negociações com a própria Volkswagen da Alemanha", declarou Henrique Sampaio, gerente de marketing de produto da montadora.

Apesar dos novos itens de série, o visual é o que realmente chama a atenção na station wagon. O novo conjunto óptico que remete à ultima geração do Golf europeu, a grade frontal com dois filetes metálicos e os faróis de neblina ressaltados deixaram a Jetta Variant com cara de poucos amigos. "O design agora está alinhado à nova filosofia da marca no mundo", reconhece Sampaio. Lateral e traseira, que ganhou lanternas escurecidas, mantiveram o mesmo layout.

O DNA mecânico, por sua vez, permanece o mesmo. Sem novidades. O motor é o bom 2.5 a gasolina de 170 cv a 5.800 rpm e torque de 24,5 mkgf a 4.250 rpm. A transmissão permanece a agradável AG6 automática de seis velocidades com comando Tiptronic (trocas sequenciais na alavanca). Com isso, os números de desempenho não mudaram. A velocidade máxima é de 205 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 8,9 segundos.

As dimensões generosas também são as mesmas. O porta-malas de 505 litros, que pode chegar a 1.550 litros com o banco traseiro rebatido, merece destaque. Assim como a distância entre os eixos de 2,57 metros - 13 cm a menos que o Passat Variant e 11 cm a mais que a SpaceFox.
Internamente, aquele plus a mais - como dizem por ai - foi significativo. A começar pelo conteúdo, a perua oferece novo rádio CD player MP3 RCD 510 com tela de 6,5 polegadas sensível ao toque (10 altofalantes), ar-condicionado Climatronic de duas zonas com sistema automático de recirculação de ar no habitáculo, direção eletromecânica-servotronic, novas rodas de liga leve de 17 polegadas, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, seis air bags e freios com ABS. O revestimento dos bancos em couro bege ou preto, que antes era opcional, passa a ser de série.

Entre os equipamentos extras, apenas três possibilidades: teto solar skyview (R$ 5.845), faróis bi-xenon com lavador (R$ 4.190) e sensor de chuva / retrovisor interno com antiofuscamento automático / função coming & leaving home (R$ 990). Detalhe: durante a apresentação do produto, Sampaio exaltou que a direção eletromecânica-servotronic é o primeiro passo para a chegada do Park Assist, sistema que praticamente faz a baliza para o condutor, disponível apenas para o Tiguan.

PERUA NERVOSA
Devidamente apresentada, hora de degustar a Jetta Variant. Internamente, o novo painel de instrumentos, que apresenta linhas mais arrojadas e esportivas, agrada. O acabamento, que antes já merecia elogios e nenhuma ressalva, ganhou detalhes em material Black Pyramid, que remete a fibra de carbono.

Mas vamos acelerar - que é o que interessa. O local escolhido pela Volkswagen foi a pista da Fazenda Capuava, em Vinhedo, que apresenta um traçado sinuoso e desafiador, ideal para ver do que a Jetta Variant é capaz. Logo de cara o ronco agrada. Os cinco cilindros falam alto. Instigam a pisar fundo. Rapidamente ganhamos velocidade. O torque é adequado para esta SW.

Nas curvas, os 4,55 metros de comprimento possibilitam uma tocada agressiva. Nem parece uma perua. O carro está sempre sob controle. O banco faz questão de evitar que o motorista fique dançand. Destaque positivo para a eletrônica que atua constantemente - ESP (Controle de Estabilidade) e ASR (Controle de Tração).A suspensão traseira independente 4-link é a cereja do bolo da dirigibilidade.

O câmbio automático, em sintonia com o motor, garante um fôlego extra à perua. Falta, no entanto, as borboletas (padle shift) atrás do volante que, sem sombra de dúvidas, apimentam a condução agilizando as trocas de marchas.

A Jetta Varinat ficou mais bonita, moderna e com preço menor. A pegada esportiva continua. Tomara que a Volks tenha os mesmos planos para os demais carros. Tomara... 


VW reforça imagem premium


O presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, afirmou que a nova Jetta Variant reforça a imagem da montadora no segmento premium no Brasil. Com isso, acredita, consumidores aumentam sua admiração pela marca - antes mais associada a veículos populares.

O vice-presidente de Vendas e Marketing da Volkswagen, Flavio Padovan, afirmou que produtos como a Jetta Variant ajudaram a abrir novos caminhos para a montadora ao introduzirem tecnologias, conforto e desempenho. "Isso agregou mais valor à marca", raciocina.

Além da Variant, Padovan cita como exemplos de veículos premium o New Beetle, Passat CC, Touareg e Tiguan - todos importados , "São modelos desenvolvidos com a expertise do grupo Volkswagen, que buscou em cada um deles trazer inovação. No Tiguan, acabamos de apresentar o park assist, sistema que calcula o espaço e faz baliza sem que o motorista precise conduzir a manobra", disse.

Como destaque da Jetta Variant, o executivo cita o motor 2.5 de 170 cavalos, um dos mais potentes em sua categoria.

Padovan afirmou que, remodelada, a Jetta Variant deverá pelo menos manter o volume de vendas do ano passado - quando somou 1.083 unidades, de acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). W O




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