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Em Ghostgirl garota quer ser pop após a morte
Por Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
29/05/2011 | 07:00
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Betlejuice - Os Fantasmas se Divertem não é um filme muito visto por pessoas da sua idade. Mas quem curte o trabalho de Tim Burton (que fez A Noiva Cadáver e, recentemente, Alice no País das Maravilhas) não pode se declarar fã do diretor sem assistir ao divertido clássico lançado em 1988. Muito dessa obra e dos textos sombrios de Edgar Allan Poe pode ser visto em Ghostgirl (Editora Agir, 328 págs., R$ 39,90).

O livro, escrito pela norte-americana Tonya Hurley, é o primeiro de uma trilogia. Traduzido para mais de 20 idiomas, une o sobrenatural e o universo adolescente sem nenhum apelo deprê. Pelo contrário, com humor a autora conta a trajetória pós-morte de Charlotte Usher (a título de curiosidade, o sobrenome faz referência ao famoso conto A Queda da Casa de Usher, de Poe).

Charlotte passou as férias bolando sua volta triunfal à Escola Hawthorne. Naquele ano, tudo mudaria. Não seria mais a garota sem graça por quem todos passavam sem perceber. Estava disposta a fazer de tudo para ser popular e, principalmente, para conquistar Damen, o garoto de seus sonhos.

Só que, na maior parte das vezes, as coisas não acontecem exatamente como a gente planeja. Destino, acidente ou falta de sorte, não importa. Charlotte morre pouco depois de iniciar o plano. Como? É possível dizer apenas que uma jujuba vermelha está envolvida na trama.

O que seria o fim é apenas o começo. A garota toma baita susto quando descobre ter partido para outra. No mundo paralelo, tem de frequentar uma escola para jovens mortos para aprender a resolver as pendências terrestres. O problema é que ela ainda está interessada em ser popular no mundo dos vivos e não vai sossegar enquanto isso não acontecer.

Antes de entrar no universo literário, Tonya Hurley produzia e dirigia filmes para cinema e TV. Por isso, a probabilidade de Ghostgirl virar filme é grande. Nada foi confirmado ainda, mas fãs no Facebook afirmam que ficariam felizes se isso acontecesse e se, de quebra, Tim Burton o dirigisse. Tomara!

 

Dilemas da primeira vez

Tabu? Já foi pior, mas ainda hoje alguns não se sentem à vontade para falar abertamente sobre a perda da virgindade. Em novo livro, no entanto, Thalita Rebouças trata do tema de modo leve e bem-humorado, características comuns em suas obras.

Era Uma Vez Minha Primeira Vez (Rocco Jovens Leitores, 172 págs., R$ 27,50) não traz dicas ou orientações sobre sexo. Por meio das histórias de seis superamigas, mostra as dúvidas, medos e sentimentos com os quais qualquer adolescente pode se identificar.

Clara, por exemplo, ama o namorado, que também é apaixonado por ela. Mas a primeira vez do casal pode ser um fiasco se a garota continuar encanada com seu corpo. Já Tuca tem pavor de engravidar na primeira transa.

Entre uma trama e outra, as amigas descobrem que nem sempre perder a virgindade é tão romântico ou assustador como se imaginava. E o mesmo acontece na vida real.

E tem mais novidade por aí: três livros de Thalita - segundo a autora - vão ganhar versões para a telona. O primeiro é Uma Fada Veio me Visitar. 

 

Monstros teens em busca de aceitação e popularidade

Na adolescência a gente descobre quem realmente é, do que gosta de verdade, a qual tribo pertence. Mas para uma galera na cidade de Salem, Estados Unidos, a tarefa é mais complicada. No colégio Merston High, alguns alunos têm de esconder que fazem parte de famílias nada convencionais; afinal, nem todos aceitariam numa boa estudar com a filha do Lobisomen ou o filho da Medusa.

O segredo, no entanto, já não cola mais em Monster High 2 - O Monstro Mora ao Lado (Editora ID, 336 págs., R$ 39,90), segundo livro da série sobre teens monstrengos. Alguns eventos no primeiro volume revelaram a identidade dos jovens. Agora, a bagunça é geral.

Enquanto isso, Cleo De Nile, filha da múmia Rami, está preocupada com sua perda de popularidade. A garota sente-se ameaçada pelas novatas Frankie Stein - filha de Frankenstein - e Melody Carver, humana que tem muitas coisas em comum com os monstros, filha de um cirurgião plástico. Para o leitor, vale a dica de ler a primeira obra para entender melhor a sequência.

Monster High foi lançado em 2010 primeiramente como linha de bonecas. Em pouco tempo surgiram o livro e outros produtos com os personagens, que fazem supersucesso no mundo todo. A obra, escrita pela canadense Lisi Harrison, tem trama diferente da websérie animada (confira em http://br.monsterhigh.com). Em 2012, deve estrear filme musical, tipo, sobre a turma.




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