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'Não olhem para o prefeito', diz petista

Com minoria na Câmara, Marinho orienta vereadores a trabalharem pela cidade

Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
29/01/2011 | 07:11
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O chefe do Executivo de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), disse que não está preocupado com o cenário de minoria na Câmara. Com oito dos 21 vereadores na base de sustentação, o petista apenas pediu aos parlamentares de oposição (oito) e independentes (cinco) que na volta do recesso "não olhem para o prefeito, olhem para a cidade".

Indagado sobre as movimentações do chamado centrão - quinteto formado por Otávio Manente (PPS), Marcelo Lima (PPS), Pastor Ivanildo de Santana (PSB), Vandir Mognon (PSB) e Estevão Camolesi (sem partido) -, que se aproxima da oposição, o petista analisa que trata-se de "diz que diz desnecessário".

"Tem coisas que não se fala para fazer. Eu vejo o pessoal falando, falando, falando e, quando se fala, não é para fazer daquele jeito. Vou dialogar com a Câmara, com os vereadores. Seja com os cinco, com os 13, com os 21. Não tenho dificuldade nenhuma com isso. A única coisa que peço é responsabilidade na condução das coisas. Não olhem para o prefeito, olhem para a cidade", salientou.

Para Marinho, o fato de não ter plena governabilidade no Legislativo não afetará o desempenho da administração. Nas duas ocasiões em que enfrentou resistência no Parlamento municipal - em 2009, primeiro ano de gestão, e no fim do ano passado -, alguns projetos do Executivo demoraram a ser aprovados. Mas o petista não se queixa da situação, a qual considera normal.

"A Câmara tem seu tempo. Nunca exigi que votasse (os projetos) no mesmo dia que encaminhei. Tem as regras, de trâmite, normas, as comissões atuam... tem seu tempo. Se não vencer os prazos, o Executivo não tem por que reclamar. Quando expira o tempo de análise técnica, que o regulamento da Casa tem e a comissão não quer soltar o parecer, aí não é plausível, não é aceitável. Não creio que a Câmara queira ir contra os interesses da cidade", ponderou.

Um dos principais projetos do ano, de autoria do prefeito, será o PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários), que deve entrar na Casa em maio. "Ainda depende de negociação com o Sindicato (dos Servidores). É importante para o conjunto dos trabalhadores, que busca corrigir distorções, diminuir a quantidade de carreiras, criar carreiras claras que o servidor possa percorrer."

Outras proposituras citadas pelo petista como fundamentais são o Estatuto do Magistério e a reestruturação do Fuprem (Fundo de Previdência Municipal). Esta última atenderá à recomendação do Ministério da Previdência para garantir a sustentabilidade econômica para aposentadoria do funcionalismo.

Segundo informações extraoficiais, o Fuprem tem em caixa cerca de R$ 300 milhões. O repasse mensal da Prefeitura é de R$ 16,5 milhões. Mas, no atual modelo, em 2020 já não haveria verba para pagar os inativos e em 2085 o rombo seria de R$ 2,2 bilhões.




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