Cultura & Lazer Titulo Lançamento
Trajetória revalorizada
Por Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
21/04/2013 | 07:00
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Divulgação


Onze anos, três álbuns e o grupo pernambucano Mombojó, a exemplo do seu primeiro disco, traz de volta um ‘Nadadenovo' cheio de coisa boa e nova. Os músicos lançam '11º Aniversário' (Som Livre, preço médio R$ 20) no qual celebram os mais de dez anos de estrada e revisam sua história. O álbum, com dez canções, mescla repertório renovado dos trabalhos antigos e traz uma inédita, 'Procure Saber'.
Entre os convidados, Cannibal, China, Vitor Araújo e Nação Zumbi. Na lista das canções que voltam, estão pepitas como 'Faaca', 'Amigo do Tempo', 'Vazio e Momento', 'Estático' e 'Justamente'.

'À primeira audição, a suposta crença de que eles tiveram coragem de refazer seus trabalhos sem motivo especial cai por terra. Fizeram simplesmente porque agora, mais do que nunca, têm talento de sobra para isso. Se o Mombojó desde que surgiu já tinha algo para mostrar, agora tem para consolidar. A prova está no disco.

"Resolvemos comemorar. Não queríamos deixar de fazer isso, vamos respirar com essas regravações. A gente chegou até aqui, vive de música, faz tudo de jeito natural e espontâneo. A nossa curadoria sempre foi feita por nós mesmos, sem essa coisa de produtor aparecer para mandar", conta o baterista Vicente Machado.

"Ao mesmo tempo em que fazemos o que curtimos, conseguimos consolidar nosso trabalho. Com esses dez anos, temos base sólida para seguir em frente", acrescenta.

Primeiro, eles pensaram em fazer um DVD ao vivo para marcar a celebração. Em seguida, após um convite para utilizar os Estúdios Trama, quiseram dar nova cara às canções já conhecidas do público. Cada um resgatou alguma insatisfação com determinado arranjo do passado e elaborou novas notas inspirados pelos arranjos que faziam ao vivo nos shows. Tudo foi muito livre, no improviso. Para acrescentar, só a experiência.

"Ao mesmo tempo em que quisemos temperar essas músicas antigas, elas já pegaram um tempero próprio com o tempo. Cada um de nós evoluiu como músico, acrescentou sua pegada. Os convidados vieram para acrescentar mais coisas novas", diz Vicente, que lembra que tinha 16 anos quando começou a fazer o primeiro disco do grupo. Os outros eram tão novos quanto ele.

"Acho que nas músicas em que mudamos a versão, o que vai saltar aos ouvidos é pura experimentação de timbre, ritmo, forma de cantar, tudo feito diferente do original, algumas ficaram bem pesadas. Nas canções que não mexemos muito, o que vai diferenciá-las é o nosso domínio dos timbres."




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