O mercado de previdência aberta deve fechar o ano com R$ 230 bilhões em ativos, crescimento de 26% em comparação a 2009. Com isso, o setor deve chegar a participação recorde de 7% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo dados divulgados pela Brasilprev, empresa de previdência do Banco do Brasil. "O crescimento da renda abre espaço para as pessoas pouparem e pensarem melhor o futuro", destaca o presidente da empresa, Sérgio Rosa.
A participação do setor no PIB era de apenas 3,4% em 2004. Para Rosa, mesmo com a atual elevação de dois dígitos desse mercado, ainda há espaço para expansão maior nos próximos anos, principalmente nas classes C e D. A Brasilprev projeta que o setor vá chegar a R$ 1 trilhão em ativos em 2018.
Além dos fundos tradicionais de PGBL e VGBL, Rosa acredita que novos produtos devem ganhar espaço. Entre eles, o executivo cita os fundos para crianças e os que aplicam em diversos ativos. Essas carteiras mais arriscadas, chamadas de fundos compostos, representam 26% dos ativos de previdência do mercado - o restante está aplicado em fundos apenas de renda fixa. A expectativa é de que esse percentual aumente cada vez mais, pois o investidor quer aplicações mais rentáveis, que não fiquem apenas na renda fixa, avalia o executivo. Em 2008, a fatia dos fundos compostos era de 8%.
Para buscar o investidor interessado em aplicações mais arriscadas, a Brasilprev lançou produto chamado de ciclo de vida. São fundos que dosam a aplicação em renda fixa e variável conforme a idade do participante. Quando a pessoa é mais nova, a carteira aplica mais em ações. A medida que vai ficando mais velha, a fatia de renda fixa aumenta. "Temos 87% do mercado de ciclo de vida no Brasil."
A Brasilprev passou recentemente por uma reestruturação societária. A gestora norte-americana Principal passou a deter 25% do capital total. O BB aumentou sua fatia de 49% para 75%. O Sebrae saiu do capital da gestora.
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