O presidente da Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Junior, afirmou que os principais gargalos que o País deve enfrentar nos próximos anos estão relacionados à falta de mão de obra e escassez de financiamento de longo prazo para infraestrutura.
Ele afirmou que nos últimos anos, com o crescimento econômico do País, a empresa direcionou sua atenção para o mercado nacional, que hoje já representa 50% da receita do grupo.
QUALIFICAÇÃO - "Nos últimos anos, abandonou-se a formação não só de engenheiros civis e eletrônicos, mas dos outros profissionais", disse ele.
O executivo destacou ainda que é necessário trabalhar lado a lado com o governo e universidade para a qualificação de profissionais. "Não conseguimos mais buscar uma mão de obra pronta, antes fazíamos exportação de mão-de-obra. Nos últimos dois anos, isso se inverteu", comentou. "Estamos trazendo de volta brasileiros que mandamos para fora porque não conseguimos encontrar profissionais aqui", disse.
O executivo declarou ainda que não é fácil superar esse gargalo trazendo trabalhadores especializados do Exterior.
FINANCIAMENTO - O presidente da companhia disse ainda que é necessário financiamento de longo prazo para sustentar obras de infraestrutura nos próximos anos. "O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) está atingindo patamares que não se sustentam, é preciso criar condições através de aumento da poupança interna e da estruturação de fundos para que os bancos privados possam captar e consigam oferecer financiamento de longo prazo", afirmou o executivo.
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