Jogo à altura de um clássico. O equilíbrio que se estabeleceu foi a marca do confronto entre BMG/São Bernardo e Santo André/Spread ontem, no Ginásio Poliesportivo, pela terceira rodada da Superliga Masculina de Vôlei.

Os donos da casa, que ontem estrearam na competição, garantiram vitória por 3 sets a 2 (20/25, 25/20, 25/18, 23/25 e 15/12).

No começo da partida, longe de demonstrar abatimento pela má campanha no Paulista, competição na qual terminou em último lugar, o Santo André era superior e dava sinais de que não deixaria a vitória escapar. No entanto, em pouco tempo o São Bernardo reagiu e, alternando-se em momentos muito bons e outros de erros seguidos, os dois times disputaram ponto a ponto até o fim.

Para o técnico andreense, Marcelo Madeira, o bloqueio eficiente dos adversários fez a diferença. "Eles marcaram 23 pontos de bloqueio. São jogadores muito altos, que se destacam no fundamento."

Sobre o desempenho de sua equipe, o treinador destacou a evolução do Paulista para a Superliga e elogiou um dos três reforços, Renato, Rodrigo e Rodolfo. "O Renato, único reforço que estreou, entrou muito bem e já deu cara diferente ao nosso jogo."

O técnico do São Bernardo, Rubinho, ressaltou que o time precisou se ajustar em quadra, por conta de alguns imprevistos. Renan, gripado, não jogou o tempo todo; Gian sofreu lesão na coxa durante a semana e foi substituído por Guilheme Gentil; e Fidele ainda não podia se doar 100% porque recupera-se de lesão na mão. Em seu lugar, Elder começou jogando.

"A equipe precisou se ajustar aos contratempos. Começamos errando muito saques, depois corrigimos e voltamos a ter equilíbrio."

Um dos destaques da partida foi Maurício, do São Bernardo, maior pontuador com 23 acertos, que recebeu troféu de melhor jogador.

Humilde, o central revelou que não gosta de falar em desempenho individual. "Acho que recebi o troféu por ter sido regular. Mas não jogamos bem. Precisamos evoluir muito tecnicamente. O grupo todo é bom ou ruim. Não adianta avaliar um jogador

MAIS SUPERLIGA - O São Caetano enfrentou o Londrina ontem,no Ginásio Milton Feijão. A partida atrasou devido à falta de luz e não havia terminado até o fechamento desta edição.

PAULISTA - O Vôlei Futuro venceu o Sesi por 3 sets 0 em casa e empatou a série melhor de três da decisão do Paulista. O jogo que definirá o título está marcado para sábado, na Capital. O confronto de ontem foi marcado pelo nervosismo e a troca de empurrões.

Superliga Feminina reúne 13 das 14 vice-campeãs mundiais

Festa recheada de estrelas. Assim foi o lançamento da Superliga Feminina de Vôlei ontem, no Jockey Clube, Rio de Janeiro. Com a presença de representantes dos 12 clubes que disputarão a competição a partir do dia 27, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) homenageou atletas campeãs olímpicas em Pequim (2008) e vice-campeãs mundiais no Japão, no domingo.

Das 14 jogadoras que participaram da conquista da medalha de prata, apenas uma não disputará a Superliga: a ponteira Fernanda Garay, que representará o vôlei japonês.

Mari e Paula Pequeno, cortadas às vésperas do Mundial por contusões, jogarão pelo Rio de Janeiro e pelo Vôlei Futuro, respectivamente.

"Com tantas estrelas reunidas em um só campeonato, posso afirmar com convicção que esta Superliga será a maior e melhor de todos os tempos", destacou o presidente da CBV, Ary Graça.

O primeiro confronto da edição será entre Banana Boat/Praia Clube x BMG/Mackenzie. O Grande ABC será representado por duas equipes, BMG/São Bernardo, que estreia no dia 28 contra o Macaé, e São Caetano, que joga no dia 30, contra o Rio de Janeiro.

A norte-americana Danielle Scott, vice-campeã olímpica em Pequim, é o principal reforço do São Bernardo, que disputará a competição pela segunda vez.

O São Caetano sofreu grande reformulação da temporada passada para essa, perdendo estrelas como Fofão, Mari e Sheilla, campeãs olímpicas em Pequim, além da cubana Regla Bell.

O time manteve apenas sete jogadoras do grupo que terminou em terceiro lugar na última edição, entre elas a ponteira Dayse, campeã mundial juvenil em 2003. Uma das apostas da equipe da região é a jovem oposto Carla, de 20 anos e 1,97m, jogadora mais alta da Superliga.