José Serra e Dilma Rousseff saem da zona de conforto
e falam sobre aborto já no primeiro dia de horário eleitoral
Na retomada do horário eleitoral gratuito, ontem, o tema aborto roubou a cena nos programas dos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Foram 10 minutos de programa para cada pleiteante ao Palácio do Planalto.
No tempo destinado a Dilma, houve até apelo para que a população acesse o site da petista, leia textos e responda aos ataques que vêm circulando na internet com "amor formando corrente do bem". Entre outras acusações, as mensagens na rede afirmam que Dilma é a favor ao aborto. A candidata disse que vem "sofrendo na pele uma das campanha mais caluniosas que alguém já teve". E lembrou que, no passado, o presidente Luiz Inácio Lula da silva passou por situação similar. O própio chefe da Nação apareceu na telinha para dizer que em suas campanhas diziam que "fecharia as igrejas."
Já no espaço reservado a Serra, o tucano enfatizou que sempre condenou o aborto e defendeu a vida. "Quero ser presidente para defender valores da família brasileira, valores religiosos, respeito à vida." E martelou mais uma vez. "Você vai poder decidir entre quem tem ideias próprias e quem fica à sombra dos outros. E quem é favor à defesa da vida." O tucano ainda convidou a sociedade para compor uma corrente do bem, seguindo discurso de Dilma, inclusive sendo mote de seu novo slogan "Serra é do bem".
No campo das propostas, a candidata petista destacou continuação do PAC com a segunda fase, construção de 500 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), 6.000 creches e pré-escolas, além 2 milhões de moradias. No fim do programa, houve desqualificação de Serra e do ex-presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso). "Com o Brasil de Serra e FHC não haveria Luz para Todos, geração de 14 milhões de empregos", entre outros feitos do governo.
O tucano alfinetou mais a adversária ao aliar fatos históricos da política brasileira à sua biografia ao passo que Dilma não participou de nada, segundo ele. Houve destaque também para as propostas de Serra com o tom de que foi o único a prometer reajuste do salário-mínimo de R$ 510 para R$ 600, 10% de aumento para aposentados e pensionistas e 13º para todos beneficiados do Bolsa Família.
Ambos concorrentes fizeram questão de mostrar apoio e força dos partidos com a eleição de governadores e senadores.
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