Pelo décimo primeiro mês consecutivo, a arrecadação federal bateu recorde. Segundo dados da Receita Federal divulgados ontem, a arrecadação somou R$ 62,721 bilhões em agosto. Se for levada em conta a inflação pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a alta é de 15,32% em relação ao mesmo mês do ano passado.

No acumulado do ano, as receitas totais do governo somam R$ 513,8 bilhões, 12,59% a mais que nos mesmos meses do ano passado também considerando o IPCA. Parte dos números havia sido adiantada pelo secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, na terça-feira, mas os dados completos só foram divulgados ontem.

Segundo a Receita, o principal motivo para o crescimento é o desempenho da economia, que eleva a produção, as vendas, a lucratividade das empresas e a massa salarial. As receitas que mais aumentaram em 2010 foram a arrecadação da Previdência Social, que cresceram R$ 2,486 bilhões em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Em relação aos tributos, os que mais puxaram a expansão nesse período foram o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), com alta de R$ 2,368 bilhões em relação ao ano passado. A Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), imposto ligado às vendas e ao faturamento, subiu R$ 2,368 bilhões.

Em termos percentuais, no entanto, o imposto com maior alta na arrecadação foi o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), com aumento de 39,51%. Segundo a Receita, o principal fator para essa variação foi a taxação de IOF sobre o capital estrangeiro que entra no País, em vigor desde outubro de 2009.

No acumulado do ano, as receitas que mais cresceram foram a da Cofins e do PIS/Pasep, com alta de R$ 15,593 bilhões. Em seguida, vêm as previdenciárias, com incremento R$ 14,075 bilhões, e o IOF, que subiram R$ 4,237 bilhões de janeiro a agosto.