Fusão do PPS e do PMN resulta no partido Mobilização
Democrática; sigla terá 12 vereadores e 8.300 filiados
Com a fusão de PPS e PMN, a MD (Mobilização Democrática) nascerá grande, com bancada regional de 12 vereadores e um deputado estadual. O trâmite, inclusive, abrirá janela de transferência de 30 dias para ingresso de políticos com mandato filiados a outros partidos - sem perder a cadeira -, o que deve ampliar a força política da nova agremiação.
O número coloca a sigla empatada com o PMDB na segunda posição do ranking de cadeiras nas Câmaras do Grande ABC. No quesito militância, a sigla será sexta colocada em filiados, com 8.298 - 5.252 são popular-socialistas, que hoje estão na oitava posição, e 3.046 são peemenistas. A MD vai adotar o 33 como número de legenda, que já é usado pelo PMN. A união entre os militantes ocorrerá naturalmente, sem necessidade de recadastramento dos já inscritos em uma das legendas.
Na última eleição, o PPS lançou três prefeituráveis (São Bernardo, Mauá e Ribeirão Pires). Já o PMN, tentou chegar apenas ao Paço de Diadema.
Coordenador regional do PPS, deputado estadual Alex Manente garantiu que a nova agremiação crescerá com adesões de políticos com mandato filiados a outros partidos. "Faremos essa discussão em todo o Estado, mas o Grande ABC terá (migração de) vereadores para a MD. São pessoas que conhecem nossa postura e acreditam nesse projeto", explicou Alex, que será um dos delegados a representar São Paulo pela cúpula nacional do PPS na condução do processo. Reunião entre caciques das duas agremiações ocorrerá amanhã, em Brasília.
O deputado reforçou que o diálogo que está tendo com vereadores da região não tem o sentido de atrair insatisfeitos, como ocorreu há dois anos com a criação do PSD, capitaneada pelo ex-prefeito da Capital Gilberto Kassab. A intenção é aproveitar a ‘brecha' para incorporar aliados de outros partidos. Em São Caetano, por exemplo, Alex tem boa relação com a bancada pessedista - Magali Selva Pinto e Fábio Soares - e em São Bernardo com o bloco tucano - Hiroyuki Minami e Juarez Tudo Azul.
A fusão, no entanto, não deve provocar mudanças de oposição para situação, ou vice-versa, em relação ao Executivo. Em Ribeirão, os dois vereadores do PMN (Julião e Anderson Benevides) vão se juntar com a dupla do PPS (José Nelson da Paixão e Flávio Gomes). Todas as forças têm atuado em prol do prefeito Saulo Benevides (PMDB). "É uma discussão que deve ser feita. Em outras cidades não acredito que vamos ter esse problema. Quem vier conosco é porque conhece nossa postura", avaliou Alex.
OFICIALIZAÇÃO
O último passo para selar a união será dado em congresso conjunto amanhã, na Capital Federal. Após a oficialização será protocolado na Justiça Eleitoral o pedido de fusão. A discussão de aliança entre os partidos visa ampliar o tempo de TV no horário político gratuito e aumentar o repasse de verba do fundo partidário.
Na Assembleia Legislativa, a MD manterá a bancada do PPS, que é atualmente de quatro parlamentares. Terá 13 deputados federais - dez do PPS e três do PMN -, mas mira adesões de políticos do PSDB, PDT, PSD e PSC na janela de transferência de 30 dias, que ainda não tem data para ser aberta.
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