Economia Titulo Evento
Santo André de olho nos Estados Unidos
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
21/07/2010 | 07:07
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Empresários do Grande ABC terão a oportunidade de saber mais sobre como estabelecer negócios com os Estados Unidos e como ter acesso a linhas de financiamento para a compra de máquinas a juros simples.

Dando continuidade ao ciclo de palestras, que já trouxe informações sobre China, Áustria, Canadá, Cabo Verde e França, a Prefeitura de Santo André vai realizar, no dia 12 de agosto, evento com integrantes norte-americanos.

A programação inclui quatro palestras: a do ministro conselheiro do governo norte-americano para Assuntos Comerciais, Daniel DeVito, que falará sobre a conjuntura econômica e a política externa; do cônsul comercial dos Estados Unidos em São Paulo, Sean Relley, que discorrerá sobre como fazer negócios com os EUA, colocando as demandas do país; do representante da Agência dos Estados Unidos para o Comércio e Desenvolvimento, Rodrigo Mota, que abordará as oportunidades de financiamento a fundo perdido e outra cujo tema é mantido sob sigilo do organizadores.

O evento acontecerá no Teatro Municipal, localizado na Praça IV Centenário, s/nº, Centro, das 19h30 às 21h50. Para se inscrever, os empresários devem entrar em contato com o Departamento de Relações Internacionais e Captação de Recursos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho pelo telefone 4468-441 ou pelo e-mail dri@santoandre.sp.gov.br. Dos 450 lugares, 250 já estão ocupados, restando 200 inscrições.

Segundo o secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico, Charles Camargo, a maior parte dos itens exportados de Santo André para os Estados Unidos é composta por matérias-primas, já que lá eles são bem servidos de produtos de ponta. "Para se ter uma ideia, a Intel reinveste 25% do que fatura em pesquisas e desenvolvimento. Neste segmento fica difícil competir", aponta.

Por outro lado, o secretário ressalta que, por terem um custo social muito alto, com mão de obra cara - um operário recebe por mês US$ 4.000 - às vezes é mais fácil comprar parte dos produtos fora.

É o caso dos pneus de ônibus, caminhões e carros, que são largamente exportados para lá, ou do plopripileno em forma primária, utilizado para fazer plásticos.

Camargo conta que, durante o evento, será apresentada aos empresários uma linha de financiamento com juros simples, e não compostos, de 4,5% ao ano para a compra de máquinas norte-americanas.

Essa linha é oferecida em um momento que os Estados Unidos ainda estão saindo da crise financeira internacional iniciada por lá.

De acordo com o secretário, de 2006 a 2009 Santo André exportou US$ 781 milhões aos EUA, e importou US$ 541 milhões, ou seja, manteve a balança comercial positiva.

No cenário nacional, considerando as negociações em todo o País, foram vendidos aos Estados Unidos US$ 1,04 trilhão, e, comprados, US$ 1,56 trilhão. Balança negativa. "Ao contrário do restante do País, estamos exportando mais do que importando, o que é muito estimulante para continuarmos vendendo mais", diz.




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