Fabricante de bombas de água, que tem sede em S.Bernardo,
produz equipamentos para estádios em todo território nacional
A Copa do Mundo de 2014, no Brasil, está ajudando a aquecer segmentos como a indústria da construção civil e a hotelaria, por causa das obras relacionadas ao evento (estádios, aeroportos e vias de acesso) e também pelo apelo turístico do Mundial. Na esteira do crescimento dessas áreas, uma empresa que tem sede em São Bernardo, a Grundfos do Brasil, registra forte impulso em suas vendas neste ano.
Fabricante de bombas de água - produto que tem diversas aplicações (em sistemas de ar-condicionado, como parte da estrutura predial contra incêndio, e ainda em irrigação, drenagem, pressurização em banheiros e cozinhas, entre outras), a companhia registrou R$ 21 milhões em vendas no primeiro trimestre, crescimento de 29% no faturamento, frente ao mesmo período de 2012, principalmente por causa de projetos relacionados à Copa.
Desde o fim do ano passado até agora, a Grundfos já fechou contratos para fornecer seus equipamentos aos estádios Arena Recife (Pernambuco), Itaquerão (São Paulo), Mineirão (Belo Horizonte), Fonte Nova (Salvador), Mané Guarrincha (Brasília), Beira Rio (Porto Alegre) e Castelão (Fortaleza).
Ainda não há definição dos vencedores da concorrência no Arena do Amazonas (Manaus), e no Presidente Dutra (Cuiabá) e na Arena da Baixada (Curitiba), mas a empresa também espera atender pedidos para esses locais.
Todos os contratos fechados geraram cerca de R$ 6 milhões em bombas, que vão atender, por exemplo, os sistemas de irrigação e drenagem dos campos e o ar-condicionado dos camarotes e de áreas de restaurantes, explica o diretor-geral, Sandro Sandanelli.
A empresa trabalha também de olho em projetos de hotéis. "As construtoras fazem e entregam para as redes operarem. Trabalhamos nas duas frentes, com quem constrói e também com as redes", diz o executivo, que calcula haver atualmente cerca de 50 projetos hoteleiros só no Estado de São Paulo.
Com todos esses negócios em potencial relacionados à Copa, a companhia espera fechar contratos da ordem de R$ 25 milhões, até 2014. Para o fechamento de 2013, a meta é alcançar 25% de crescimento ante o ano anterior, quando registrou R$ 80 milhões de faturamento, comercializando por volta de 45 mil bombas.
Há ainda outro segmento da construção civil que deverá mostrar aquecimento, o de saneamento básico, de acordo com os planos anunciados pelo governo federal. No PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), por exemplo, está prevista a alocação de R$ 29 bilhões para essa finalidade em áreas urbanas do País. "Nessa área, como a maioria das empresas é estatal, não há cronograma muito confiável, mas a expectativa é de grandes investimentos", assinala Sandanelli.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.