Cidades que mais exportam pacientes para unidade no Santa Luzia são Suzano e Mauá
Dos 30,4 mil atendimentos realizados pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Ribeirão Pires nos 100 primeiros dias deste ano, 4.233 são referentes a pacientes de municípios vizinhos ou próximos, o equivalente a 13,9% do total.
A cidade que mais exporta pacientes é Suzano, com 1.340 atendimentos, seguida por Mauá (1.324), Rio Grande da Serra (1.189), Santo André (212), São Paulo (110), São Bernardo (39) e São Caetano (19).
Entretanto, os moradores de Mauá foram os que mais buscaram atendimento de fevereiro até o dia 8 deste mês, somando 907 consultas e procedimentos. Suzano se manteve em segundo e exportou 748 pacientes. O único mês em que Mauá ficou em segundo foi em janeiro: foram 417 atendimentos contra 592 de Suzano.
O secretário de Saúde Fernando Antonio Blandi acredita que esse cenário possui duas justificativas. "Se a demanda aumentou é porque o serviço melhorou, houve otimização. Por outro lado, com a UPA lotada, o atendimento demora mais e encontramos dificuldade em atender às demandas."
A UPA de Ribeirão Pires, localizada no bairro Santa Luzia, conta com oito médicos se revezando nos plantões: dois pediatras, dois ortopedistas e quatro clínicos gerais. Em relação ao alto número de mauaenses que buscam atendimento no município, Blandi acredita que a situação seja provisória. "Sabemos que Mauá está com dificuldades em atender às demandas. Quando a situação for normalizada lá, a UPA de Ribeirão também voltará ao normal."
Com a importação de atendimentos na unidade, os gastos para mantê-la aumentaram. Para ajudar nas despesas, o prefeito Saulo Benevides pediu ao deputado federal Vicentinho (PT) interlocução com a União para a conquista de mais verbas. "Ele me mostrou os dados e disse que precisa conversar com o Ministério da Saúde para tentar mais repasse do SUS. Vou intermediar a reunião", disse o petista.
O encontro com o ministro Alexandre Padilha deve ocorrer em Brasília nas próximas semanas.
MAUÁ
A Prefeitura de Mauá informou que a estimativa é que o atendimento médico de urgência e emergência deverá ser regularizado a médio prazo, pois já foram definidas várias medidas para a fixação de médicos nas UPAs.
A administração municipal afirmou ainda que a falta de médicos é um problema geral no Brasil e que a cada semana há melhora no quadro de plantonistas.
Segundo a administração, cada uma das quatro UPAs de Mauá atende, em média, 10 mil pessoas por mês, considerando a clínica médica e a pediatria. (Colaborou Cynthia Tavares)
AME Santo André bate recorde em consultas
O AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Santo André registrou recorde de consultas médicas em março, totalizando 6.250 atendimentos, o que corresponde a 99% da meta total do mês.
A Fundação do ABC, que gerencia a unidade, credita o bom resultado a, entre outros fatores, o trabalho de call center, no qual atendentes entram em contato com pacientes dois dias antes de exames e consultas, a fim de lembrá-los do compromisso e diminuir os índices de absenteísmo.
O AME ainda traçou metas para os próximos meses: manter os níveis de qualidade e de produtividade, além de equalizar pequenos deficits acumulados em janeiro e fevereiro - reflexo das mudanças nas prefeituras da região e do período de chuvas.
De acordo com a fundação, o ambulatório conseguiu manter consultas de Psicologia, Nutrição, Fisioterapia e Fonoaudiologia em 15% acima da meta. Em abril, será recuperada a diferença no atendimento cirúrgico, que sofreu baixa de 5% em fevereiro. E em maio todas as metas em relação a exames estarão em dia.
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