A taxa de investimento vai superar a poupança interna, ampliando, assim, o déficit em conta-corrente, afirmou ontem o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa. As transações correntes são indicador importante por mostrar como andam as contas externas brasileiras. Barbosa lembrou que, durante a crise, houve queda tanto na taxa de investimento quanto na de poupança. Ele destacou que, para este ano, se espera recuperação do investimento ao nível pré-crise e também da poupança interna no Brasil.
"Com o crescimento, aumentam-se os salários. Aumentam-se os lucros retidos das empresas e a arrecadação do governo, com a geração do aumento da poupança interna do País", disse o ministro.
Neste ano, o BC (Banco Central) estima o déficit em conta-corrente em 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Segundo Barbosa, esse nível de déficit é "perfeitamente" financiável pela entrada de capital externo, já que o Brasil é o principal destino dos investimentos internacionais com a crise na Europa e a recuperação lenta dos Estados Unidos.
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