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Preços dos produtos da feira aumentam 9,87% em março

Primeira semana do mês traz alta na laranja, tomate e banana; arroz, trigo e ovos também apresentaram oscilação

Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
11/03/2010 | 07:00
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Levantamento do IEA (Instituto de Economia Agrícola) mostra que os preços dos produtos rurais tiveram alta de 9,87% na primeira semana de março. O índice da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo demonstra que o tomate, a laranja e a banana registram as principais oscilações.

Os consumidores do Grande ABC já desembolsaram mais nesta semana para levar os produtos para casa. A variação do tomate chegou a 98,58%, a banana-nanica 24,35% e a laranja está cerca de 23,27% mais cara. "Gastei R$ 10 a mais nesta semana. O tomate estava R$ 3,50, contra R$ 2 que paguei na semana anterior. O maracujá estava R$ 5 e na outra R$ 3,50. Laranja estava R$ 2,50 a dúzia. O que estava mais barato, trazia qualidade inferior", diz a dona de casa Maria Ferreira Alves.

Mas não são só os clientes que sofrem com as variações. Os feirantes da região também reclamam dos preços que pagam pelas mercadorias. "Repassamos os custos que encontramos. Não estamos tendo prejuízo porque trazemos bem menos dos produtores", avalia o vendedor de frutas Joelmir Silva. Segundo ele, os feirantes estão pagando o dobro nos itens que registram alta, como a laranja. "Ela está na entressafra agora e só vai baixar quando começar a época de outras frutas, como a mexerica", alerta ele.

Os custos da banana também devem seguir em alta. Carlos Tome, presidente da Associação dos Feirantes de Mauá, diz que as enchentes do início do ano começam a mostrar os desdobramentos. "Conforme a água baixou aproveitamos o que podemos, mas perdemos 12 milhões de pés de banana. Alguns caminhões estão carregando em Santa Catarina e Minas Gerais porque a produção paulista não está dando conta de nos abastecer", pontua.

Além dos produtos, a pesquisa aponta aumento nos custos de ovos (19,02%), feijão (18,03%), amendoim (11,78%), soja (7,40%), milho (6,84%), arroz (3,73%) e trigo (2,22%), que geraram diferença no valor final dos preços para os clientes no supermercado.




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