Ricardo Gomes manda Tricolor pressionar paraguaios, mas pede respeito ao lanterna do Grupo 2 da Libertadores
O São Paulo já sabe como enfrentar o lanterna do Grupo 2 da Libertadores. O técnico Ricardo Gomes e os jogadores mais experientes do elenco pedem respeito aos paraguaios do Nacional, que perderam duas vezes no torneio. O Sportv transmite ao vivo, às 19h (horário de Brasília), no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção.
"Quero meu time atento do começo ao fim", explicou o treinador, que admite a hipótese de utilizar três atacantes - Fernandinho, Dagoberto e Washington. Se dependesse daquilo que se viu no último coletivo, apenas dois atuarão mais avançados. Assim, Fernandinho ficaria de fora para entrar na segunda fase.
Gome procura esconder a escalação, mas antecipa o perfil do São Paulo no duelo desta noite na casa do rival. "Sei que eles (do Nacional) vão atacar desde o início. Então, meus homens de frente precisarão marcar a saída. Quero que os meias e os volantes exerçam o trabalho de ligação", esclareceu.
Ao assumir a posse de bola, é preciso, na opinião do técnico, que o São Paulo tome as iniciativas na base da inteligência e da velocidade. "Acredito que os torcedores verão um duelo aberto. As circunstâncias mostram que os dois lados não podem nem pensar no empate. Sei que eles virão para cima, mas vamos ditar o ritmo sem receio de atacar", explicou Gomes, que não teme as pressões de sempre no ambiente do adversário. "A campanha deles não é boa, mas isso não muda nossa responsabilidade. É fundamental respeitá-los", aconselhou ele antes do embarque.
A exemplo de Washington, o goleiro Rogério Ceni sugere redobrados cuidados aos companheiros. "Eles correram demais no México (derrota para o Monterrey). Agora, creio que não serão diferentes", alertou o capitão, um dos expedientes de Gomes nas eventuais cobranças de falta. "Eles estão em último, mas aí é que tudo ficaria mais perigoso", afirmou o centroavante Washington, um dos principais alvos dos lançamentos de Rodrigo Souto, Cléber Santana, Richarlyson e Jorge Wagner. "Não será fácil. Só vejo dificuldades."
Richarlyson desabafa e desafia o preconceito
Enfim, Richarlyson resolveu falar abertamente sobre o preconceito que o persegue no meio machista do futebol. A família teme que ele seja agredido, segundo uma das confidências do volante do São Paulo. "O julgamento é uma coisa que me entristece. A maioria me denigre. Perturba meu ambiente. Deixa meu pai, minha mãe e meu irmão preocupados. Minha família teme represálias grotescas. Minha mãe acha que um cara sem noção pode me agredir a qualquer momento. Ela me manda tomar cuidado diariamente", disse.
Richarlyson também posou para duas fotos: visual de rapper e um figurino mais pagodeiro chique. Depois de colocar um aplique nos cabelos durante as férias, a repercussão o assustou. "Quantos jogadores têm cabelo grande? Bastou eu colocar cabelo grande e veio o que veio. Não é porque as outras torcidas chamam todo são-paulino de bambi... Me pergunto: e se eu trocar de time e isso continuar? Não é isso, eu tenho certeza. Não sei o que é. Não vou mudar. Minha personalidade é forte. Sou muito eu. Falo o que penso, mesmo que magoe. Prefiro a verdade bonita que dói. Jogo a minha vida nas mãos de Deus. Nem Cristo agradou a todos", desabafou o craque na entrevista à revista Rolling Stone.
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