O preço que o brasileiro paga pelos serviços de internet banda larga, telefonia fixa e celular caiu no ano passado em relação a 2008. Mesmo assim, o Brasil ainda tem um dos custos mais altos do mundo para esses serviços e o acesso ao celular está uma década atrasado em comparação aos países lideres no uso da tecnologia.
O alerta faz parte do raio X anual produzido pela UIT (União Internacional de Telecomunicações) sobre tecnologias da informação. Para a entidade, o Brasil ainda não completou sua liberalização do mercado para operadores e a falta de concorrência em algumas áreas ainda é um obstáculo.
A taxa de penetração de celulares é equivalente ao que Hong Kong, Itália, Luxemburgo ou Emirados Árabes tinham em 2000. O Brasil subiu de forma marginal no ranking que mede a preparação de cada país, passando do 61º lugar para o 60º entre 2008 e 2009. Outro fator é o custo ainda cobrado por operadoras que prestam serviços. No geral, o brasileiro gasta 4,1% de sua renda para pagar por tecnologias de comunicação, taxa superior à de 86 outros países. Proporcionalmente, gastamos mais de dez vezes o que um cidadão europeu ou canadense gasta para se comunicar.
Mas a boa notícia é que o custo vem caindo. Em 2008, o custo era de 7,6% da renda do brasileiro. Hoje, um brasileiro gasta em média 5,66% da renda para usar o serviço, contra 7,5% em 2008. A taxa é mais de cinco vezes a que as operadoras cobram na Europa.
O preço do telefone fixo ainda sofreu a segunda maior queda no mundo entre 2008 e 2009. A redução foi de 63%, superado apenas pela Rússia. O custo médio passou de 5% da renda de uma família para 2,1% em 2009.
Em termos de acesso à internet em banda larga, a UIT aponta que os custos no Brasil estão bem acima da média dos países ricos. A assinatura exigia 9,6% da renda em 2008 e caiu para 4,58% em 2009. No país, o custo médio é de US$ 28, enquanto que, nos países mais caros, a banda larga ainda pode custar US$ 1,8 mil por mês.
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