Mesmo sob efeito da crise financeira nos primeiros meses de 2009, o varejo no município de Santo André recuperou a força e encerrou o ano com alta de 5,7% em relação ao período anterior. De acordo com a Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), a projeção para este ano é acompanhar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), estimado em 5%.
Apesar de os números de São Bernardo e São Caetano não terem sido divulgados, o vice-presidente da associação andreense, Luis Antonio Sampaio da Cruz, considera que a cidade contabilizou números mais sólidos em relação às suas vizinhas.
"Excluindo os quatro primeiros meses, o comportamento do consumo foi semelhante aos dos anos anteriores", afirma Cruz. As vendas em dezembro foram 14% maiores frente a novembro, com alta nas categorias de eletroeletrônicos, celulares e vestuário. Entre os bens duráveis estão televisores de LCD e itens de linha branca (geladeira, fogão e tanquinho).
Um indicativo de que o ano será promissor para a atividade varejista em Santo André é que no mês passado as vendas subiram 7% quando comparado ao mesmo mês de 2009. "A manutenção do crédito ao consumidor e dos empregos no Grande ABC também vai garantir bom desempenho", endossa o presidente da Acisa, Sidnei Muneratti.
PAÍS
Pelo sexto ano consecutivo, o aumento do comércio varejista no País foi acima do PIB, fechando com 5,9% ante 2008, segundo levantamento divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em dezembro, a expansão nas vendas foi de 9,1% ante o mesmo mês do ano anterior.
No Estado de São Paulo, o desempenho foi 8,4% maior. "Estamos numa tendência positiva de crescimento. Tudo indica que o setor alcançará alta de 7% neste ano, pela sétima vez, acima do PIB", crê Luiz Góes, sócio sênior da consultoria especializada em varejo GS&MD - Gouvêa de Souza.
BELEZA
A faixa da população enquadrada como baixa renda está utilizando mais artigos de perfumaria e beleza, tanto que este foi o segmento com melhor desempenho no ano, com avanço de 11,8%. A categoria ainda inclui artigos farmacêuticos, médicos e ortopédicos.
Segundo Góes, estes são itens que não dependem de crédito, além disso, mais pessoas incorporaram seu uso no dia a dia. Em ritmo parecido está a categoria de alimentos, bebidas, supermercados e fumo, com expansão de 8,3% em 2009.
PROJEÇÃO
O consultor da GS&MD avalia que em 2010 o segmento de móveis e eletrodomésticos, que acumulou 2,1% de elevação, terá desempenho positivo. "O mercado está se estabilizando. A oferta de crédito está farta e os consumidores com poder aquisitivo maior. A Copa do Mundo será incentivo a mais para a compra de TVs LCD."
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