O presidente do Coritiba, Jair Cirino, creditou à torcida organizada Império Alviverde os problemas ocorridos no domingo, no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, que levaram à interdição do local. Além disso, reclamou de ameaças de morte e ao patrimônio do clube, feitas na quarta-feira, o que o levou a pedir reforço à Secretaria de Segurança Pública e a aumentar o número de seguranças particulares. "Mas lamentavelmente escapou do controle e não só no estádio."
Segundo ele, as ameaças "gravadas e escritas" continuam. Tanto que ele optou por, temporariamente, retirar a família da residência e passou a circular acompanhado de seguranças.
A própria entrevista coletiva de ontem foi realizada em uma chácara na cidade de Quatro Barras, a cerca de 20 quilômetros do centro de Curitiba. Na entrada, todos eram obrigados a se identificar para seguranças particulares. Internamente, policiais militares garantiam a integridade física do presidente. "Fico envergonhado", lamentou Cirino.
Mas disse que manterá a candidatura à reeleição. O objetivo é fazer com que o Coritiba retorne à Série A já no próximo ano. Segundo Cirino, a queda aconteceu nas últimas rodadas, quando "o time parou de produzir, enquanto outros clubes que estavam abaixo se recuperaram."
O presidente afirmou estar consciente das dificuldades e, para isso, pretende cortar custos e investir em categorias de base. Mas, primeiramente, vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva visando reverter a decisão de interdição do estádio. "Vamos mostrar que não tem problemas de infraestrutura."
Ele garantiu que o Coxa está contribuindo com a polícia para identificação dos responsáveis. Em nota, o clube afirmou que, pelas imagens, "já é possível identificar integrantes e certos dirigentes da torcida (Império Alviverde) como principais responsáveis pela agressão e destruição generalizada."
O presidente da organizada, Luiz Fernando Corrêa, disse que a selvageria poderia ser maior, se ele não tivesse conseguido dissuadir cerca de 400 pessoas que queriam entrar à força no estádio no intervalo.
O Centro de Operações Policiais Especiais, da Polícia Civil do Paraná, prendeu ontem, em uma academia de musculação, Geison Lourenço Moreira de Lima, 20 anos, acusado de atirar um banco contra policiais que estavam no campo. A batalha deixou pelo menos 18 feridos, dois deles ainda em estado grave. Na segunda, a polícia já tinha prendido o professor de artes marciais Gilson da Silva, 20 anos. Por meio de imagens, a polícia disse ter identificado cerca de 40 pessoas.
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