Cultura & Lazer Titulo Reconhecimento
Medaglia é empossado na APL
03/12/2009 | 07:00
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O maestro Julio Medaglia será empossado na APL (Academia Paulista de Letras), hoje, às 18h, na Sala São Paulo (Praça Julio Prestes, 16). O novo imortal venceu as eleições no mês de setembro deste ano e ocupará a cadeira 3.

Paulistano, Júlio Medaglia define o início de sua trajetória musical como "um puro acidente". Já participando de uma orquestra de amadores na Lapa paulistana, conhece o oboísta Isaac Karabitchevsky, que o leva para a Escola Livre de Música, onde lecionava um dos grandes mentores musicais da época, Hans Joachim Koellreutter.

Seu contato com esse mestre alemão lhe abre um novo e amplo universo musical. Quando, no final dos anos 1950, Koellreutter muda-se para Salvador, Medaglia o acompanha. Se aperfeiçoa em regência. Surge um convite para estudar regência na Alemanha.

No final dos anos 1960, Júlio retorna ao Brasil e participa ativamente, com Solano Ribeiro, da organização dos célebres Festivais da Record. Participa dos mais variados movimentos artísticos de vanguarda, entre os quais o da Poesia

Concreta, "oralizando" poemas com os irmãos Campos e Décio Pignatari.

No final de 1967, escreve o revolucionário arranjo para a canção "Tropicália", de Caetano Veloso, que marca o início do Tropicalismo.

Em 1968, na Record, a mais importante estação de TV da época, produz o Opus 7, um dos mais criativos e bem sucedidos programas de música clássica da televisão brasileira. Em 1969, é convidado para fundar e dirigir a orquestra Cordas de São Paulo.

De volta a Europa, no início dos anos 1970, rege em diversas rádios e importantes palcos, incluindo a célebre Philharmonie, de Berlim. Nessa época produz programas de rádio e TV sobre música brasileira para a televisão alemã. Em 1975, a convite de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, volta ao Brasil para integrar os quadros artísticos da Rede Globo, da qual torna-se supervisor musical artístico. Ali, compõe também trilhas sonoras para 20 Casos Especiais.

Nos anos 1980, dirige, por quatro anos, o Theatro Municipal de São Paulo. Nesse período compõe as trilhas sonoras para os seriados de Walter Avancini, para a TV Globo, entre os quais, "Anarquistas Graças a Deus", "Avenida Paulista", "Rabo de Saia" e o premiadíssimo "Grande Sertão Veredas". No início dos anos 1990, assume a Direção Artística do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e, em seguida, a Regência Titular da orquestra do Teatro Nacional de Brasília.

Atualmente, tem regido, como convidado, dentro e fora do País, e trabalhado em diversos projetos culturais. Júlio Medaglia é constantemente convidado para ministrar palestras em todo o Brasil. É ensaista e tem livros publicados.




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