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Carlito prevê mudanças no Santo André

Novo diretor executivo assume desafios, mas não radicaliza ao falar dos culpados pela crise da equipe andreense

Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
18/11/2009 | 07:00
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Ao assumir oficialmente ontem pela manhã como diretor executivo do Santo André, Carlos Arine, o Carlito, ex-presidente do Guaratinguetá, já avisou que haverá mudanças no elenco para 2010. O vice-presidente Romualdo Magro Júnior, que o apresentou como um dos homens-fortes do futebol do clube, confirmou a reestruturação prevista no grupo atual.

O técnico Sérgio Soares estava na esperada reunião que nada anunciou de mais concreto. "Analisamos aquilo que aconteceu no Campeonato Brasileiro e discutimos alguns itens de nosso futuro planejamento", comentou Magro Júnior, que preferiu não entrar em detalhes.

Carlito não insinuou uma palavra sequer que pudesse representar pistas para um suposto listão, como se comentava nos bastidores de um dos principais candidatos ao rebaixamento à Segundona. Especulava-se o total de 15 nomes - nem os mais experientes escapariam.

Tanto Romualdo quanto Carlito, porém, procuraram afastar a hipótese de o Santo André tomar decisões imediatas. "No futebol, é normal que aconteçam dispensas ou contratações. Não é o momento de falarmos disso", afirmou o vice-presidente. "É um processo natural no encerramento de cada temporada. Só não acho correto culpar este ou aquele. Todos precisam dividir as responsabilidades. Se temos nove pontos a disputar, vamos honrar essa camisa e dignificar a história do Santo André", concluiu Carlito. O médico Leo Kahn e o supervisor Juraci Catarino participaram do diplomático encontro.

Dirigente procura ignorar matemática negativa

Como ex-presidente do Guaratinguetá, Carlos Arine, o Carlito, já sentiu na pele a frustração do rebaixamento à Série A-2 do Paulista de 2009. Coincidentemente, a dura experiência serviu de aprendizado, segundo ele, para que o drama agora não se repita no Santo André. Ele admite que uma das lições é não confiar na matemática que prevê 97% de chances de queda ao time de Sérgio Soares.

"No meu caso, me davam apenas 1% de possibilidades de cair. Era pouco, mas infelizmente caí. Nem quero me lembrar mais disso. Se o percentual é alto, acredito que ainda podemos reverter as projeções negativas nos três jogos restantes. São nove pontos que conquistaríamos. Aí dependeríamos de outros resultados, mas o futebol é assim. A melhor matemática é aquela em que você confia em você mesmo", supõe o dirigente.

O técnico Sérgio Soares também recorre ao discurso de que nem tudo está perdido. Ao ouvir o declarado apoio de Carlito na reunião de ontem para definir o planejamento de 2010, o comandante procurou adotar postura de aparente otimista no momento em que o descenso parece praticamente irreversível.

"Quero batalhar até o fim. Se a esperança existe, vamos à luta", conclui Sérgio, atento ao jogo contra o Avaí, domingo, no Estádio Bruno Daniel.




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