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País tenta equilibrar fluxo de dólar
25/10/2009 | 07:01
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O governo federal vai lançar, no dia 7 de dezembro, ofensiva para estimular a internacionalização das empresas brasileiras na tentativa de equilibrar o fluxo de entrada e saída de dólares do Brasil. A ideia é facilitar os investimentos brasileiros no Exterior para que haja maior remessa da moeda norte-americana para outros países e, assim, enxugar o mercado brasileiro.

"Quando tem aumento do investimento brasileiro direto no Exterior há uma equalização na taxa de câmbio", afirmou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral.

Segundo o secretário, levantamento do governo mostra que, nos momentos em que houve elevação dos investimentos brasileiros fora do País, a taxa de câmbio ficou mais estável. Barral acredita que um dos fatores de pressão na taxa de câmbio é o fato de os investimentos brasileiros diretos em outros países serem muito menores que o IED (Investimento Estrangeiro Direto) no Brasil.

De janeiro a setembro, segundo os dados do Banco Central, o IED foi de US$ 17,6 bilhões. A entrada de recursos foi reforçada com o retorno do Exterior de US$ 6,04 bilhões em investimentos brasileiros. De 2005 até agosto de 2009, o IED totalizou US$ 129,4 bilhões e os investimentos brasileiros em outros países foram de US$ 52,2 bilhões.

No evento, vários órgãos do governo preparam o lançamento de uma agenda para 2010 com ações para facilitar a inserção de empresas brasileiras no mercado internacional.

Uma das ideias é que o Itamaraty passe a incluir nas negociações bilaterais mecanismos que atendam aos interesses de internacionalização das empresas brasileiras. Também haverá mudanças legislativas e tributárias.

O Ministério do Desenvolvimento irá propor ao Congresso nova lei para regulamentar a atuação das empresas que adquirem produtos no mercado interno para exportar.

Barral disse que a lei atual é da década de 1970 e não atende mais o dinamismo do comércio mundial. "Queremos legalizar esta situação." Para o secretário, a internacionalização traz várias vantagens para a economia nacional, além do efeito macroeconômico de permitir "certo equilíbrio na taxa de câmbio".

O secretário disse ainda que a maior inserção das empresas no cenário mundial permite que elas atuem em vários mercados, o que reduz os riscos e traz maior possibilidade de transferência em tecnologia e inovação, além do repasse futuro de dividendos e royalties para o Brasil.

Ele argumenta que a medida gera empregos qualificados para brasileiros no Exterior, facilita a captação de recursos para investimento na empresa e divulga as marcas brasileiras fora do País.




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