O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, avaliou como "especulação" comentários crescentes no mercado financeiro, segundo os quais ele poderá ser o sucessor do presidente do BC (Banco Central), Henrique Meirelles, a partir de março de 2010.

"Isso não tem fundamento. Estou realizando trabalho muito intenso no BNDES. A minha expectativa é continuar nele enquanto merecer a confiança do presidente Lula", disse Coutinho.

A AE conversou ontem com alguns executivos de bancos internacionais, que ponderaram que Coutinho não seria um nome negativo para substituir Meirelles. Para muitos analistas, a hipótese mais provável, por enquanto, é que o atual presidente do BC consiga indicar seu substituto, cujo nome mais cotado é o do diretor de normas e organização do sistema financeiro, Alexandre Tombini.

"Se Meirelles não conseguir emplacar Tombini, Mario Mesquita (diretor de política econômica) certamente não assumirá o BC, pois ele é visto por um segmento importante do governo como ortodoxo demais, seguidor da linha do ex-diretor Afonso Bevilaqua", comentou uma fonte que pediu para não se identificar.