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Eletricitários prostestam contra diferença salarial
Por Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
09/09/2009 | 07:00
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Cerca de 800 eletricitários terceirizados da região estão de braços cruzados desde a meia noite de hoje. No total, 4.000 funcionários que prestam serviço para a Eletropaulo - em São Paulo e 27 cidades da Região Metropolitana - aderiram à paralisação, que tem duração prevista de 24 horas.

Os trabalhadores reivindicam equiparação salarial com os funcionários contratados em regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Segundo o presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Carlos Reis, a diferença salarial chega a 46%.

"Os terceirizados recebem cerca de R$ 600, enquanto os contratados ganham R$ 1.100 para realizar os mesmos serviços", afirma Reis. "A paralisação é em repúdio à desigualdade salarial, de benefícios, condições de trabalho, segurança e saúde que a empresa faz entre os funcionários próprios e terceirizados", completa o presidente.

Com a mobilização, todos os cortes de energia por falta de pagamento e as religações ficam suspensas. "Além disso, a manutenção e ampliação da rede de energia também estão comprometidas. Os trabalhadores são responsáveis por uma área que atende 20 milhões de consumidores", explica o sindicalista.

Segundo o representante do sindicato - que tem 14 mil trabalhadores na base -, as reivindicações são antigas. "Há mais de um ano nós tentamos reverter a situação. Por isso apelamos para a paralisação como forma de pressionar as empresas", destaca Reis.

A Eletropaulo se isentou da situação e informou que todos os contratos são firmados seguindo a legislação trabalhista vigente no País e que não pode interferir nas negociações entre o sindicato e as empresas terceirizadas.

Não havendo avanços, os trabalhadores prometem realizar manifestações nos dias 22 de setembro e 1º de outubro.

METALÚRGICOS - A forte chuva de ontem impediu as manifestações dos metalúrgicos da região, previstas desde a semana passada.

Na sexta-feira (4), assembleia realizada com cerca de 5.000 trabalhadores rejeitou a proposta das montadoras (Sinfavea) e das autopeças (Sindipeças), de repor apenas a inflação - que deve ficar em 4,7% - sem aumento real.

Os trabalhadores prometem parar as montadoras da região amanhã, mas o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC não divulgou detalhes da mobilização.




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