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Ainda cabem mais shoppings centers no Grande ABC

Estabelecer grandes shoppings aqui fez com que os clientes não precisassem mais migrar para a Capital

Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
17/08/2009 | 07:00
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Os centros de compras, conhecidos como shoppings centers, evoluíram muito nos últimos anos no Grande ABC. Hoje, a região conta com cinco grandes: ABC Plaza Shopping, Shopping ABC (ambos em Santo André), Shopping Metrópole (São Bernardo), Mauá Plaza Shopping (Mauá) e Praça da Moça, este último inaugurado em julho, em Diadema.

Mesmo assim o Grande ABC ainda tem espaço e demanda de sobra para abrir novos centros de consumo, segundo o especialista e professor da Universidade Metodista de São Paulo, Eder Polizei.

"Somos o terceiro ou quarto maior mercado consumidor do País. Devido ao crescimento econômico da região e o consequente aumento do poder aquisitivo, principalmente entre a classe C, a demanda no Grande ABC ainda é maior do que a oferecida", citou o professor.

Para ele, o consumidor tornou-se mais exigente. Por isso, a necessidade de ampliar o leque de ofertas. Estabelecer grandes shoppings aqui fez com que o cliente não precisasse mais migrar para a Capital paulista, o que faz com que a renda fique concentrada aqui.

Polizei também explicou que a mudança começou quando a região deixou de ser meramente industrial para dar espaço ao comércio e aos serviços. A partir daí, o Grande ABC se viu carente de vários serviços que eram requisitados pelos moradores, mas que ainda não existiam regionalmente.

Comércio de rua - "Mesmo com a presença dos shoppings, as tradicionais lojas de rua, alojadas nas vias urbanas, não correm risco de desaparecer", afirmou Polizei. Isso porque elas oferecem produtos com preços diferenciados (quase sempre menores por terem menos despesas administrativas) e muitos artigos distintos daqueles encontrados em shoppings.

"Além disso, quem passa pela calçada pode gostar de algo da vitrine e acabar comprando o produto, sem muita cerimônia. No shopping, os clientes só consumirão se se programarem para isso, se tiverem tempo para adentrar o centro de compras, espaço para estacionar o veículo etc", completou o especialista.

Para o especialista, os shoppings brasileiros ainda são retrógrados quando comparados aos norte-americanos e europeus. "Estes têm maior diversidade de serviços. Não basta ter um pet shop, cinema, praça de alimentação e alguns caixas eletrônicos. Em outros países há cartórios, grandes redes de supermercados, shows, dentre tantos outras opções. Ainda somos um amontoado de lojas".

Outro fator que precisa ser levado em conta é a arquitetura dos centros de compra, que deveria ser mais aberta. A refrigeração, odor e a iluminação também precisam ser analisados. "O ambiente deve ser agradável para que o cliente passe mais tempo no local e, portanto, consuma mais", definiu Polizei.




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