A aposentada Sônia Regina da Silva, 58 anos, espera há exatamente um mês e 16 dias por uma cirurgia na rede municipal de Santo André. Enquanto isso, tem de aguentar a dor nos braços.

No dia 10 de fevereiro, Sônia caiu em casa e fraturou os dois pulsos. Foi levada para o CHM (Centro Hospitalar Municipal), na Vila Assunção, e recebeu a notícia de que o pulso direito deveria ser operado. Saiu de lá com a certeza de que o procedimento seria realizado em 24 de fevereiro.

"A operação estava marcada para as 7h. Às 8h30, fui informada de que o hospital não possuía ordem para operar. Mandaram eu voltar no dia 27 para uma nova consulta", relata.

A aposentada voltou no dia marcado e foi informada de que a cirurgia havia sido novamente adiada, desta vez para 10 de março. A alegação, segundo ela, foi de que o kit para a realização do procedimento estava em falta.

No dia 13 de março, ela foi atendida pelo ortopedista e foi informada de que a cirurgia seria feita no dia 24. Três dias antes, recebeu telefonema dizendo que mais uma vez a operação havia sido suspensa.

"Desde então eu não consigo mais dormir porque meu braço dói muito. Estou com a minha vida parada, não posso fazer nada e dependo dos outros para me ajudar. Retirei o gesso do outro pulso fraturado, mas ninguém me encaminhou para fisioterapia. O que vão esperar agora", questiona.

A Prefeitura de Santo André informa que o procedimento de Sônia está marcada para amanhã e que o encaminhamento para fisioterapia acontecerá apenas após a operação. A administração municipal informou também que as cirurgias de mão podem não acontecer por falta de vagas ou indisponibilidade de material devido à grande demanda.