Cultura & Lazer Titulo No palco e na vida
Nicette Bruno e Paulo Goulart: amor correspondido

Peça do casal 'O Homem Inesperado' chega pela primeira vez na região com ingressos já esgotados

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
11/06/2009 | 07:00
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Conhecido pela longeva vida conjugal, o casal Paulo Goulart e Nicette Bruno prova que a afinidade não se restringe à intimidade a dois e mostra entrosamento também em cena no espetáculo "O Homem Inesperado", que chega pela primeira vez ao Grande ABC. A peça tem sessões no sábado, às 20h, e domingo, às 19h30, no teatro do Sesc Santo André. Os ingressos estão esgotados.

O texto é da dramaturga francesa Yasmina Reza e conta a história de Marta, interpretada por Nicette Bruno, mulher apaixonada pelas obras do escritor Paul, papel de Paulo Goulart. Em viagem de trem de Paris, na França, para Frankfurt, na Alemanha, ela se depara inesperadamente com o ídolo, que está na mesma cabine. Acreditando conhecê-lo profundamente por meio de seus textos, Marta idealiza uma aproximação entre eles completamente inexistente - com Paul atordoado por causa de seus diversos problemas.

"Ela busca se comunicar enquanto ele passa por uma fase complicada. O público, como um voyeur, acaba conhecendo os personagens. Assim como em um livro, as pessoas usam a imaginação para criar uma realidade para os dois", explica Nicette. "É interessante perceber que a Marta gosta tanto do autor que se apaixona por essa figura idealizada."

A peça está na estrada há três anos e já passou por diversas cidades de todo o Brasil, além de apresentações em Lisboa, Portugal. A adaptação foi comprada por Daniel Filho, que desejava dirigi-la. A agenda agitada fez com que passasse o bastão para Emílio de Mello. Daniel Filho assina apenas a supervisão.

O fato de contracenar com o marido parece não influenciar o trabalho de Nicette. A veterana atriz classifica que, mais importante que a intimidade entre marido e mulher, a sintonia nos palcos faz com que os trabalhos em que atuam juntos apresentem bons resultados. Segundo ela, "a intenção é não misturar vida pessoal com profissional. Temos uma individualidade que dá certo em cena e o público percebe isso".

Com os ingressos já esgotados para as duas sessões, parece que sua observação está correta. "Dedicamos um amor enorme à nossa profissão e, graças a Deus, temos sido correspondidos", comemora.




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