Política Titulo CPI
Instalação da CPI da Petrobras é incógnita
Da ABr
07/06/2009 | 08:09
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Com reunião marcada para quarta-feira, às 10h, a instalação dos trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, na véspera do feriado de Corpus Christi, ainda é uma incógnita. No PMDB, o líder Renan Calheiros (AL) aguarda reunião da CPI das ONGs para que o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) seja reconduzido ao cargo de relator.

Por interpelação do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), a mesa diretora do Senado deu parecer de que cabe ao plenário da CPI definir quem será o relator. Como os governistas têm maioria, esta recondução só deixa de ocorrer caso não haja reunião da comissão de inquérito que investiga irregularidades de repasses de recursos públicos a entidades filantrópicas.

Renan Calheiros disse que, resolvido esse problema, os trabalhos da CPI da Petrobras poderão começar na quarta-feira com a votação do presidente que, por sua vez, escolherá o relator. O líder do PMDB ressaltou que a bancada ainda não definiu se indicará o presidente ou o relator da comissão de inquérito.

O senador João Pedro (PT-AM), um dos cotados para assumir a presidência caso os peemedebistas optem pela relatoria, é cauteloso na avaliação de quem ficará com os cargos de direção. "O PMDB colocou o Raupp (senador Valdir Raupp -RO) como titular. Na política não é bom antecipar porque as mudanças acontecem rapidamente", afirmou.

Na oposição, DEM e PSDB têm expectativas um pouco diferentes quanto à instalação da CPI na véspera do feriado. O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), acredita que haverá quórum para que a comissão inicie as atividades. Ele ressaltou que a Casa tem que votar as indicações dos novos titulares do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) na próxima semana. O mandato dos atuais representantes do conselho acaba no dia 15.

"É preciso votar (as indicações para o CNJ). Se tem quórum para essa votação em plenário, terá para instalar a CPI", disse o parlamentar, que não acredita em manobra para protelar as investigações.

O líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), atual relator da CPI das ONGs nomeado pelo presidente Heráclito Fortes (DEM-PI) por uma manobra regimental, não está tão convicto quanto seu colega de oposição. "Por um fervor religioso (motivado pelo feriado santo) nós temos que acreditar neste milagre".




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