O clima esquentou na Vila Belmiro após o empate do Santos diante do Goiás por 3 a 3, domingo. O goleiro Fábio Costa brigou feio com o garoto Paulo Henrique Lima, o Ganso, e Kleber Pereira foi vaiado após deixar o campo, 13 minutos antes do final da partida.

Depois de dar entrevistas em campo, Paulo Henrique foi aconselhado por Roberto Brum e Rodrigo Souto a esperar um pouco para voltar ao vestiário. Os dois temiam que o garoto pudesse ser agredido pelo goleiro, transtornado por uma falha do armador no lance que antecedeu o terceiro gol do Goiás.

Após o primeiro tropeço santista na Vila neste Brasileiro, a primeira preocupação do técnico Vagner Mancini foi passar a imagem de que a situação está sob controle. "Sob o meu comando não tem briga no vestiário. O que sei é que houve uma discussão de jogo em campo e mais nada. No vestiário, os dois jogadores se sentaram e se desculparam", relatou o treinador santista.

Mancini não encontrou explicação para o Santos ter alternado bons e maus momentos dentro do jogo. "O que mais me chamou a atenção foi o que aconteceu nos 10 minutos finais do primeiro e do segundo tempo. Foi falta de concentração ou então os jogadores acharam que a partida estava ganha", analisou.

O técnico santista não se mostrou preocupado com as vaias a Kleber Pereira. "A única receita para superar esse tipo de problema é fazer gol. De repente, num único jogo ele marca dois ou três, dá a vitória ao time e reverte a situação".

Até Pelé criticou o artilheiro. "Ele precisa se benzer. No ano passado, as bolas dele estavam entrando e foi o artilheiro. Não deu para ver se o gol dele estava impedido ou não", afirmou o Rei.

Sobre os dois próximos jogos, contra Fluminense, no Rio, e Corinthians, na Vila Belmiro, Mancini afirma que serão como qualquer outro. "Pedreiras teremos em todas as rodadas. São todas finais".