"Ainda vou dar muitas alegrias à torcida, conquistar títulos", prometeu, às lágrimas, Felipe, no fim de 2007, quando o Corinthians caiu para a Série B. Hoje, basta não sofrer gols para cumprir o trato. Na verdade, pode até levar dois, mas ele sonha escrever de vez seu nome na história do clube como campeão invicto e o menos vazado do Paulista pelo terceiro ano seguido. "Quero ficar marcado não pelo goleiro do rebaixamento. Mas pelas conquistas", projetou.

Único a disputar os 25 jogos do ano, Felipe virou o coração do time. Quando ele joga bem, é vitória na certa. Foi assim nas semi contra o São Paulo. Contra o Santos, na Vila, só não conseguiu segurar o cruzamento de Triguinho. "Gostaria de trabalhar menos, mas estou feliz por ter mais uma vez ajudado o time", afirmou.

Felipe cresceu após uma constatação de Mano Menezes: a de que treinava pouco. Foram três jogos longe do time em 2008 que mexeram com os brios do camisa um. Agora, sua preparação impressiona. Durante a semana, fez defesas difíceis, todas, sempre com sorriso no rosto.

A superação de problemas particulares também o fizeram voltar a sorrir. O goleiro passou por uma turbulência no meio do Paulista que mexeu com sua cabeça. Acabou chamado de frangueiro após falhas contra Palmeiras - assumiu a culpa - e Ponte Preta.

Agora, é apontado pelos companheiros como um líder e uma segurança defensiva. Não por acaso, já começou a ser sondado por clubes da Europa. Garantiu a amigos, no entanto, que não deixa o Parque São Jorge.