O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, aproveitou ontem a oportunidade, na tradicional Missa do Trabalhador, no 1º de Maio na Igreja Matriz, para fazer do púlpito palanque para ações de sua administração.
Marinho, que assistia à missa na primeira fileira, foi chamado pelo padre Giuseppe Bertolato para passar sua mensagem aos mais de 700 presentes perto do fim da cerimônia, por ser "a maior autoridade presente", nas palavras do sacerdote.
E o prefeito não perdeu a chance de falar das plenárias que a administração municipal vem organizando, como parte do PPA (plano plurianual), dentro da política de orçamento participativo. Ele convocou a população a participar desses encontros para ajudar a dirigir a cidade, "para construir uma cidade solidária". "Peço a Deus e a vocês que nos ajudem nesse processo", acrescentou.
Marinho também enviou, no palanque, as saudações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não pôde comparecer à cerimônia pelo terceiro ano seguido.
Lula estava no Rio de Janeiro - onde participaria da primeira extração de petróleo do Campo de Tupi, na Bacia de Santos, mas foi desaconselhado pela segurança da Presidência a ir até a plataforma por causa das condições climáticas desfavoráveis.
O presidente era frequentador assíduo da missa do 1º de Maio na Igreja da Matriz, desde a época em ainda era sindicalista, em 1980.
Economia - Em um dia em que foi notada a ausência de Lula e a falta de manifestações e protestos na frente da Igreja - comuns nos anos anteriores -, a missa teve como foco o enfrentamento dos efeitos gerados pela crise financeira internacional
O tema era Nossa casa não é um mercado.Foi uma celebração cheia de simbologia que remetia ao trabalho e ao resgate de bons sentimentos (como solidariedade, paz e justiça) em face aos pecados da sociedade atual. Perto do púlpito havia uma roda de madeira - em que se liam os termos ganância, consumo, lucro e acúmulo - que foi depois foi retirada e, no lugar, colocadas oferendas, entre as quais uma cesta de frutas e bolo.
O padre Bortolato falou sobre a importância da fé em um período de crescimento do desemprego e de intensa transformação economicamente. "A crise mostra a sua face mais cruel, ao se deslocar do setor financeiro para o setor produtivo", afirmou, lembrando de São José Operário, padroeiro dos trabalhadores e que é homenageado na data.
Segundo o padre, em meio esse período de mudanças, a Igreja reafirma o seu papel de levar fé, esperança e caridade à população. "Jesus Cristo precisa ser colocado no centro da nossa vida", citou.
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