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'Bloqueio contra Cuba é aberração', afirma cônsul
Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
06/04/2009 | 07:58
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"O bloqueio contra Cuba é uma aberração, uma barbaridade cometida em pleno século 21. Já provou que não conseguiu derrubar a Revolução Cubana." Desta maneira, o cônsul geral cubano em São Paulo, Carlos Trejo, define o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos contra a ilha caribenha desde fevereiro de 1962.

O diplomata acredita que o bloqueio não tem futuro, entretanto ainda não vê sinais de mudanças por parte do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

"Os Estados Unidos têm outras prioridades no momento, estão envolvidos em seus problemas econômicos. Também não sabemos ainda como será a relação do novo governo com os países da América Latina, afirma Trejo, que na última semana participou de debate sobre a integração latino-americana na Fundação Santo André.

Entre uma série de medidas, o bloqueio proíbe transações comerciais entre EUA e Cuba e prevê retaliações para países que negociarem com a ilha. Em março, o Congresso norte-americano flexibilizou restrições impostas sobre viagens de cidadãos a Cuba, relaxando também as condições para a venda de remédios e alimentos.

Desde então, os cidadãos norte-americanos estão autorizados a viajar uma vez por ano à ilha. Pela lei aprovada em 2004, só podiam fazê-lo uma vez a cada três anos. A nova legislação também amplia a autorização de viagens a Cuba para primos, sobrinhos e tios de residentes na ilha - além de pais, filhos e netos. A lei autoriza ainda um aumento do gasto diário em Cuba de US$ 50 para US$ 179.

"São medidas muito pequenas, insignificantes, que não representam uma solução substancial para os graves problemas provocados pelo bloqueio", diz Trejo. De acordo com as Nações Unidas, o embargo econômico contra Cuba já provocou prejuízos de mais de US$ 90 bilhões para o país.

Expectativa - Os meios de comunicação dos EUA dão como certo o anúncio de mais medidas de flexibilização pelo presidente Barack Obama, o que poderá ocorrer na Cúpula das Américas, que será realizada neste mês em Trinidad e Tobago.

Há uma grande expectativa de que Obama libere as viagens de cubanos-americanos para a ilha de Fidel Castro a fim de que possam visitar seus familiares quantas vezes quiserem. Também será permitido o envio de ajuda financeira sem restrições. As novas regras envolverão 1,5 milhão de pessoas que vivem nos EUA mas possuem familiares no país caribenho.




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