Setecidades Titulo Outra vez
Adutora rompe e
Mauá fica sem água

Ao menos 100 mil pessoas de 20 bairros do município, ou
25% da população, foram afetadas por desabastecimento

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
19/03/2013 | 07:00
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Moradores de Mauá voltaram a sofrer com falta de água devido a rompimento de adutora. O problema aconteceu na tubulação que abastece o reservatório Mauá-Zaíra, na Avenida Presidente Castelo Branco, na madrugada de domingo, e afetou 25% da população - cerca de 100 mil pessoas de 20 bairros.

Este é o segundo rompimento registrado em pouco mais de uma semana. No dia 8, vazamento da rede embaixo do Viaduto Presidente Juscelino Kubitschek prejudicou 11 bairros. Há um ano, 200 mil pessoas ficaram com as torneiras secas por dez dias devido a rompimento de adutora na Estação Elevatória Capiburgo.

Segundo o superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), Atila Jacomussi, desta vez houve sobrecarga no abastecimento de água na Estação Elevatória Capiburgo após problema na rede de transmissão da Eletropaulo, na tarde de sexta-feira. "Houve entrada de ar em algumas adutoras e o bombeamento de alta intensidade ocasionou essa sobrecarga", destaca. Foi preciso fabricar peça para adaptar à tubulação de 450 mm, que deixou de ser fabricada há cerca de 15 anos.

Os trabalhos foram finalizados no início da noite de ontem e a expectativa é que o abastecimento seja restabelecido por completo até a manhã de hoje. "Essa adutora é uma das principais artérias da Estação Elevatória Capiburgo, que abastece os reservatórios Zaíra e Magini", explica. Juntos, os equipamentos têm capacidade para armazenar 15 milhões de litros e abastecem 91 bairros.

Para minimizar os impactos, foram disponibilizados à população de bairros mais altos, como Itapark, Zaíra, Nova Mauá e Parque das Américas, aproximadamente 65 caminhões-pipa. A autarquia contou com apoio da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) e Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).

PREJUDICADOS
De acordo com a cabeleireira Priscila Viana, 29 anos, a falta de água é constante no Parque da Esperança, um dos bairros afetados ontem. "Aqui falta água praticamente todos os dias", lamenta.

A dona de casa Claudinete Silva, 40 anos, está sem lavar roupas há quase uma semana. "Daqui a pouco teremos de sair pelados na rua porque não vai mais ter roupa limpa para usar", ironiza.

Outra reclamação dos moradores é a falta de informações por parte da Sama. O segurança Juarez Alves Barreto, 46, afirma que tentou contatar a autarquia via telefone e internet, mas não obteve retorno. (Colaborou Drielly Gaspar)

 

Sama pleiteia R$ 35 milhões para projeto de saneamento

Para resolver os reincidentes problemas de rompimento de adutoras, construídas há mais de 40 anos, a Sama pleiteará R$ 35 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Saneamento. De acordo com Atila Jacomussi, o projeto de macrodrenagem será apresentado no dia 4 de abril ao governo federal.

Estão previstas, além de substituição da rede de abastecimento da cidade, construção de três microrreservatórios e um reservatório na parte alta de Mauá. "Será a modernização do sistema de abastecimento", destaca Jacomussi.

A partir de abril, o município investirá R$ 1,5 milhão em plano emergencial que pretende diminuir em até 40% os riscos de rompimentos em adutoras. Será feita instalação de 14 macromedidores, operação de caça-vazamento e substituição de peças.




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