Economia Titulo Mercado
Preços no varejo recuam pelo terceiro mês consecutivo
Lucas Tieppo
Especial para o Diário
17/03/2009 | 07:00
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Pelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Preços no Varejo (IPV), calculado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), encerrou com queda de 0,2% em fevereiro. No primeiro bimestre deste ano, o IPV apresentou deflação de 0,42%, já que em janeiro o indicador já havia recuado 0,22%. Em dezembro, a baixa foi de 0,04%.

São analisados 21 grupos pelo IPV, e destes, oito apresentaram queda nos preços no mês passado. "É bastante provável que o Índice continue em queda, já que o comércio está fazendo liquidações para que o estoque acumulado com a queda nas compras seja queimado, por isso a queda nos preços. Eu vejo uma tendência de novas quedas", afirmou Júlia Ximenes, economista da Fecomercio.

Para a economista, os maiores destaques no mês foram os segmentos de veículos, com variação negativa de 2,21%, vestuário, tecidos e calçados, que baixaram 0,67% e açougues, que recuaram 2,7%.

"A queda nos preços nos veículos se deve ao acumulo no estoque e, principalmente, a redução do Imposto sobre IPI (Produtos Industrializados), que reduziram os preços em até 16%. No segmento de vestuário, é uma queda esperada, já que estão acontecendo liquidações para a chegada da nova coleção. Já no açougue, a retração do índice se deve à queda nas exportações das proteínas animais, resultando em um excesso de oferta no mercado, fazendo com que os preços caiam", explicou.

O preço das carnes no Grande ABC, há menos de dois, se tornou o vilão dos preços altos, segundo levantamento feito pelo Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

A queda do IPV não influenciará diretamente no bolso do consumidor. "Os segmentos que mais influenciam no bolso do da população são supermercados e feiras, que, desde dezembro, estão em uma tendência de desaceleração, estão recuando, mas ainda estão positivas. A alta nos preços se deve aos produtos in natura, que sofrem com as alterações climáticas", lembrou. Supermercados e Feiras, que representam 35% do IPV, apontaram em fevereiro alta de 3,8% e 0,17%, respectivamente. 




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