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Azulão recebe Ituano sob pressão

Sem vencer há quatro jogos no Estadual, equipe treina com protestos e cobranças da torcida organizada

Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
06/03/2009 | 07:00
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O protesto das arquibancadas ganhou destaque ontem na preparação do São Caetano para o jogo de hoje, às 20h30, contra o Ituano no Estádio Anacleto Campanella, pela 12ª rodada do Campeonato Paulista. Integrantes da torcida organizada Comando Azul cobraram o time pelos últimos maus resultados. A equipe não vence há quatro jogos (três derrotas e um empate) e ocupa o modesto décimo lugar na tabela de classificação, com 14 pontos.

Fogos de artifício pipocaram no interior do estádio e um deles caiu atrás de um do gols. Assim como ocorreu no ano passado, ocasião em que o time não ia bem na Série B do Brasileiro, o atacante Tuta foi o principal alvo.

Faixas e gritos de guerra ironizaram o time ao longo do treino, que durou cerca de uma hora e meia. Em coro, a organizada esbravejou: "Oh,oh,oh, time medíocre."

O técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, que vive situação desconfortável por causa do jejum de vitórias, no entanto, foi poupado.

É nesse clima que o Azulão tenta se reencontrar com a vitória. O Ituano ocupa a nona posição no torneio, com 15 pontos, e a exemplo do São Caetano oscila na competição.

Mas o time do interior vive um momento mais favorável. Nos últimos quatro jogos, venceu dois, empatou um e perdeu outro. Na última rodada, venceu o Bragantino por 4 a 2, em Itu.

O Azulão terá três desfalques. Os zagueiros Marco Aurélio e Amarildo e o volante Ademir Sopa estão suspensos. Everaldo deve ocupar a vaga de Marco Aurélio e Diogo Orlando a de Ademir Sopa. Amarildo foi titular apenas nos dois últimos jogos, quando a equipe jogou com três zagueiros. Vadão não definiu se vai manter a linha de três na zaga. O atacante Vandinho volta de suspensão. O lateral-direito Patric foi relacionado e pode estrear.

Everaldo comemora ‘re-estreia' no Paulistão após seis anos

Reforço do Azulão desde o início do ano, o zagueiro Everaldo comemora a chance de "re-estrear" como titular no Campeonato Paulistão após seis anos. A última vez que ele atuou no Estadual foi em 2003, pelo Palmeiras, então dirigido pelo técnico Jair Picerni. Naquele ano, o jogador também fez parte da campanha que recolocou o Verdão na Série A do Campeonato Brasileiro.

Everaldo atuou apenas dez minutos na partida em que o São Caetano empatou (1 a 1) com o Guaratinguetá, em Guaratinguetá, na quinta rodada do Paulistão. O zagueiro entrou em campo somente no fim do jogo, momento em que o Azulão havia acabado de chegar ao gol de empate, marcado por Ademir Sopa.

Na sexta rodada, Marco Aurélio estava suspenso, mas o técnico Vadão optou por Amarildo e Everaldo viu frustrada a oportunidade de fazer seu primeiro jogo como titular com a camisa do Azulão.

"Nunca desanimei. Nos times em que atuei fui titular e sempre continuei trabalhando sério nos momentos em que não estava no time. Agora, tenho a oportunidade e tentarei fazer o melhor, porque vim para cá com a intenção de ser titular. E vou lutar pelo meu espaço", garantiu.

 TURBULÊNCIA - O zagueiro garante estar acostumado a cobranças e não vê como um problema o fato de entrar no time justamente em um momento delicado. A equipe não vence há quatro jogos e é cobrada pela torcida.

"Não me sinto incomodado. O mais importante neste momento é ter a cabeça no lugar. Com desespero não se resolve nada. Nossa obrigação é vencer sempre e a torcida pode ter certeza de que vamos lutar para conquistar os três pontos."

Com passagem pelo futebol alemão, Everaldo defendeu o Náutico nos dois últimos anos.

Vadão garante não se sentir ameaçado no comando do time

Apesar da situação delicada à frente do São Caetano, o técnico Vadão diz não se sentir pressionado no cargo. "Vimos de dois resultados atípicos (Palmeiras e Botafogo), em que podíamos ter vencido. Agora, o futebol é dinâmico. Sabemos que precisamos da vitória", comentou.

O treinador considera que a arbitragem também tem prejudicado. "O rigor com o São Caetano é maior. Contra o Barueri, o goleiro deles tirou a bola com a mão fora da área e não foi expulso. O Amarildo (zagueiro) fez duas faltas normais e foi expulso (na última rodada)."

Vadão negou ter sido procurado pela Portuguesa, que ontem demitiu Mário Sérgio.

LUAN - O diretor de Futebol, Genivaldo Leal, por sua vez, refutou possível transferência do atacante para o Santos. "Ninguém nos procurou."




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