Moradores da Rua Roterdamo Bonini, em Mauá, têm sofrido com a falta de prestação de serviços devido as más condições da rua de terra, cheia de buracos e pedras.

 O mau-estado da via, que já é íngreme, impede que o caminhão da coleta de lixo atenda a toda sua extensão. A entrega das correspondências também não é feita. "Toda semana meu marido vai a uma das ruas mais baixas, há cerca de dois quilômetros daqui, para apanhar as cartas e entregar aos vizinhos", diz a dona de casa Isabel de Lima, 54 anos.

 Por causa dos buracos, muitas pessoas já se acidentaram - especialmente em dias de chuva. "Já cai várias vezes depois que fiz uma cirurgia no joelho", lamenta a promotora Cristiane Ferreira, 33.

 As crianças também sofrem com o problema, pois quando chove as peruas escolares não conseguem subir. "Tem dias que não arrisco levar minha filha para a escola. Não tem a menor condição de andar com a lama que desce", conta o professor Paulo Henrique Ignácio, 39.

 "A falta de iluminação também é comum, pois o carro da empresa de luz não consegue subir para arrumar os postes", disse a atendente Alcina Araújo, 35.

 Em frente à casa do aposentado Moacir Bonini, 65, formou-se um depósito de lixo improvisado. "Como o caminhão não consegue subir para coletar de porta em porta, a vizinhança joga o lixo nesse terreno na frente da minha casa."

 A Prefeitura de Mauá responsabilizou a gestão anterior, que não renovou convênio que havia firmado junto ao governo federal para investimentos na infraestrutura, drenagem, guias e sarjetas.