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Oposição acompanha gestões à distância

Políticos derrotados na eleição de outubro e lideranças preferem aguardar antes de cobrarem promessas

Do Diário OnLine
25/01/2009 | 07:00
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A oposição no Grande ABC está em compasso de espera. Políticos derrotados na eleição de outubro e lideranças que estiveram do lado perdedor preferem aguardar os primeiros 100 dias de governo antes de cobrarem promessas feitas durante a campanha pelos adversários.

Pouco tempo após assimiliarem a perda nas urnas, os candidatos - ou apoiadores - admitiram que iriam fazer uma "oposição ferrenha" aos atuais comandantes. Alguns até chegaram a falar em "governo paralelo". Mas a maioria sequer veio a público dizer a seus eleitores o que pensam do desempenho do novos prefeitos.

É o caso dos adversários do prefeito reeleito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB). Enquanto o PT busca juntar as partes divididas dentro do próprio partido, para posteriormente pensar num projeto político, o Psol organiza uma tímida aversão ao governo petebista. "Manteremos uma comissão que acompanhará a execução da peça orçamentária", afirma Horácio Neto, candidato do Psol terceiro colocado na corrida eleitoral com 8% dos votos válidos.

Os socialistas ainda não iniciaram atividades concretas de críticas à gestão Auricchio - atualmente a Prefeitura está sem ouvidor e corregedor -, mas pretendem se manifestar "periodicamente". "Utilizaremos nosso plano de governo, que formulamos com consultas à sociedade e a entidades sociais, como base de nossa atuação oposicionista", pontua Horácio.

Em Mauá, Chiquinho do Zaíra (PSB) - derrotado no segundo turno por Oswaldo Dias (PT) - ensaia um palanque de fiscalização à gestão petista. "Eu não espero nada do Oswaldo. Não confio nele e acho que a cidade não irá melhorar", atacou.

Para o socialista, o discurso usado por Oswaldo durante a campanha foi eleitoreiro. "Ele queria vencer as eleições. Agora o que ele disse não vale mais". Como exemplo ele usou a proposta de devolução do Hospital Radamés Nardini ao Estado, feita por Oswaldo no último dia 6. "A prática não condiz com as promessas".

Padrinho político de Orlando Morando (PSDB) - que perdeu em São Bernardo para Luiz Marinho (PT) - o ex-prefeito William Dib (PSB) assegurou que não agirá equivocadamente. "Não farei oposição por oposição, mas consciente. Quando o projeto for bom para a cidade, seremos favoráveis."

Acompanhando os passos de Marinho sem se pronunciar, o ex-prefeito rechaça as recentes visitas do sucessor às obras da cidade. "Entreguei obra até o último dia de meu governo (escolas e a duplicação da avenida Pereira Barreto) e deixei muitas delas em andamento para ele entregar. Espero que o faça", ironizou Dib.

Com a postura contrária à adotada durante a campanha -- quando respondia diariamente às críticas do rival - Morando não comentou a questão.

Derrotado por Mário Reali (PT) nas urnas, o candidato tucano à Prefeitura de Diadema, José Augusto da Silva Ramos, que tem como característica o tom áspero de críticas aos adversários petistas, sequer ficou na cidade para acompanhar as primeiras ações do oponente. Em férias, José Augusto não foi localizado para analisar os primeiros dias da gestão de Reali.




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