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Um brinde ao Challenger
Marcelo Monegato
Enviado a Detroit
21/01/2009 | 07:00
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Existem momentos na vida que são simples, divertidíssimos e que proporcionam uma sensação única de prazer. Para quem gosta de carros, especificamente daqueles desenvolvidos para serem brutos, um desses momentos é dirigir um legítimo V8. A experiência torna-se ainda mais especial quando os pistões deste coração de oito cilindros carregam o DNA dos veículos que marcaram época.

O Diário, a convite da Chrysler, fez uma avaliação do lendário Dodge Challenger, um dos principais ícones entre cultuados e idolatrados muscle-cars. O cenário escolhido não poderia ser mais sugestivo: Detroit, berço da indústria automotiva e que hoje simboliza a grave crise financeira que afeta as principais montadoras dos Estados Unidos.

O Challenger nasceu em 1970, já como um carro marcado pela potência fora dos padrões e visual arrojado. Em 2006, o modelo ganhou um novo design, mais atual e agressivo, mas que, para a felicidade dos amantes do popular Dojão, manteve um ar retrô - linha de cintura alta, teto baixo, duas portas e olhar invocado.

Produzido no Canadá, o modelo é oferecido em três versões: SE (US$ 22.545), R/T (US$ 30.545) e SRT8 (US$ 40.545). Para o Brasil ele vem apenas sob encomenda e por importação independente.

A opção mais em conta (SE) é equipada com um motor 3.5 V6 que gera 250 cv de potência e torque de 34,56 mkgf. Já a versão intermediária (R/T), traz um sugestivo 5.7 Hemi V8 de 372 cv e torque de 55,47 mkgf. No entanto, o Challenger topo de linha (STR8) é o mais divertido. E não poderia ser diferente, já que sob o capô se esconde um apimentado 6.1 Hemi V8 de 425 cv de potência e torque fenomenal de 58,02 mkgf.

Apenas para salivarmos, demos uma voltinha com o Challenger R/T. E em um circuito de pouco mais de 40 quilômetros foi possível perceber as razões pelas quais o Dojão desperta paixões. O ronco é marcante e único - típico de um autêntico oito cilindros americano. Ao pisar no acelerador, a resposta é imediata e faz os ocupantes colarem nos bancos. Atingir altas velocidades parece brincadeira para o possante.

Destaque para o controle de estabilidade (ESP), que torna o Challenger uma criatura domável, impedindo saídas de traseira nas curvas. Detalhe: para experimentar a essência do bruto, basta desligar o ESP por meio de um botão no painel - mas aí fica por conta e risco do motorista.

Para completar a esportividade, as rodas são de liga leve de 18 polegadas. Os freios são a disco - com ABS - nas quatro rodas. A transmissão é automática de seis velocidades. Existe também a opção mecânica - bem mais interessante.

Devidamente acostumados com toda a cavalaria, resolvemos encarar a fera: Challenger STR8. Mesmo com a pouca diferença de força e potência para o R/T, só o fato de estar diante do 6.1 Hemi V8 instiga a pisar fundo do pedal da direita. E foi o que fizemos, apesar de o percurso ser menor. Toda a reta - por mais pequena que fosse - era motivo para cravar o pé no assoalho e ver do que o mito era capaz. Assustador? Nem tanto. Prazeroso? Ao extremo!

TECNOLOGIA E CONFORTO - Apesar de pertencer à categoria dos muscle-cars, o Dodge Challenger é um carro confortável. A ergonomia é satisfatória, graças aos diversos ajustes tanto da direção, quanto dos bancos revestidos de couro.

O acesso aos comandos também é digno de menção positiva, juntamente com o belo grafismo do painel de instrumentos, que preserva uma linha nostálgica.
Entre os equipamentos estão ar-condicionado digital, sistema de navegação e transmissão automática.




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