Economia Titulo Imóveis
Brasil é o 2º melhor país para investimentos imobiliários

Para especialistas, o Grande ABC tem aparato para atrair investimentos e ter sucesso nos empreeendimentos

Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
14/01/2009 | 07:00
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Investidores internacionais elegem o mercado imobiliário brasileiro como o segundo mais promissor do mundo. O País ocupa o lugar da China e só perde para os Estados Unidos que, mesmo em meio a crise, se mantêm liderando os interesses externos.

O levantamento feito pela Afire (sigla em inglês para Associação de Investidores Internacionais de Imóveis) envolveu cerca de 200 consultados, que somam US$ 1 trilhão em imóveis.

Sérgio Belleza Filho, consultor de investimentos imobiliários e sócio da Brazil Partners, afirma que um dos grandes trunfos do mercado imobiliário nacional é a legislação forte. "Há garantia de propriedade imobiliária e segurança jurídica para os investidores", destaca.

Antes mesmo da crise, segundo o consultor, as exigências já eram bastante altas e para comprar um imóvel já era preciso apresentar ficha limpa, além da justificativa de renda.

O aparato legal que protege tanto investidores como consumidores do mercado imobiliário, embora seja visto como empecilho para alguns, é avaliado positivamente pelo especialista. "Graças a nossa segurança que não fomos vítimas de uma crise como essa que acontece nos Estados Unidos", reitera. "É uma legislação criteriosa que dificulta, mas mantém nosso mercado saudável."

Além do forte déficit habitacional, as diversas ferramentas, como fundos de investimento, que operam no mercado de capitais trabalham em favor dos investimentos no circuito imobiliário. A segurança política vem para completar o conjunto de ferramentas que compõem o que Belleza chamou de cenário de confiabilidade.

Para o empresário Milton Bigucci, o Brasil, assim como a China, tem sido atração para o mundo. "Quando há uma economia girando forte, ela fica no centro das atenções. Nossas bases econômicas são muito consistentes", afirma.

Nem a crise foi capaz de afastar os investidores do País. "Embora haja retração nos negócios, no nosso caso não há eliminação de investidores. Temos uma boa imagem externa."

LOCAL - Na região, o cenário não é diferente do avaliado pela Afire. Segundo Bigucci, é a infraestrutura de cada município que traz ainda mais investidores para a região. "Os investidores que vêm, chegam para ficar. Temos todo o aparato necessário para que haja sucesso nos empreendimentos", afirma. "Capital especulativo não nos ajuda", diz.

Para ele, o risco de investimentos onde já há uma cidade estruturada diminui fortemente. Em Estados com menos recursos, a realidade não é a mesma. "Estados mais pobres, como por exemplo o Piauí, não atraem investidores", explica. "Desenvolvimento atrai cada vez mais desenvolvimento."




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