Nas férias, o céu fica todo salpicado de pipas com formas e cores diferentes. "Já sei colocar a minha no céu sozinho", fala Victor Bryan Bezerra, 6 anos.

Seu colega Marcelo Castro Rodrigues, 7, sabe que é perigoso usar cerol (mistura de cola com pó de vidro moído usado para cortar a linha das outras pipas). "Tenho medo de que machuque alguém (cerol já provocou a morte de motociclistas que tiveram o pescoço cortado com a linha sem perceber)", diz. Além do mais, usar cerol é proibido por lei. Quem desobedece pode pagar multa de R$ 70.

Os amigos ficam atentos aos carros para não serem atropelados. "Nunca saio correndo para buscar aquela que cai", conta Marcelo, que também fica longe dos fios da rede elétrica.

Essa brincadeira deve ter surgido há cerca de 3.000 anos na China. A pipa era feita de madeira e usada como sinalizador de guerra. Mais tarde, passou a ser feita de seda e vareta de bambu. Da China, foi ao Japão e depois se espalhou pelo mundo por meio dos navegadores. Chegou ao Brasil com os portugueses e foi usada para alertar a chegada dos inimigos no Quilombo de Palmares.