Para combater a crise, fábricas de carros devem instigar o consumidor com novos produtos em 2009
O ano de 2008 para a indústria automobilística foi marcado pelos recordes de produção (2,82 milhões de unidades - 350 mil a mais que em 2007) e vendas (estimadas em 3,2 milhões - 281 mil a mais - o balanço oficial será divulgado nesta semana), segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Ao mesmo tempo, o setor foi marcado por ter sido um dos mais afetados pela crise financeira internacional.
Com alternativas ao cenário, as montadoras estão apostando em lançamentos para este ano. Isso inclui veículos totalmente novos, como o primeiro carro do projeto Viva, da General Motors, e reestilizações ou mudança de motorização em produtos já em linha, como a versão turbo do Fiat Punto. Somente as montadoras com fábricas locais planejam apresentar neste ano 43 lançamentos. No ano passado, foram 38.
Outro aliado na tentativa de recuperar as vendas é a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de automóveis zero-quilômetro, que vigora até março deste ano.
Para os carros populares de até mil cilindradas há isenção do pagamento do imposto. Para automóveis entre 1.0 e 2.0 movidos à gasolina, o IPI está reduzido de 13% para 6,5%. Para bicombustíveis e movidos à álcool, a alíquota passou de 11% para 5,5%.
NA REGIÃO - No Grande ABC, sede das principais montadoras, o reflexo da turbulência teve efeito dominó. Os fabricantes conseguiram empréstimos e tiveram fôlego para manter os funcionários, estabelecendo férias coletivas para estagnar a produção.
Já setores relacionados à produção de veículos, como autopeças, sistemistas, transportadoras e tecnologia da informação, sem acesso ao crédito e com projetos engavetados, demitiram para não fechar suas portas.
Por isso, embora a crise deva dar as caras no Brasil ainda no primeiro trimestre, a economia da região, movimentada em grande parte por esses segmentos - dividindo o cenário com indústrias químicas e petroquímicas - já sentiu boa parte de seus efeitos.
NOVIDADES - A Volkswagen têm previstas uma picape pequena derivada do novo Gol (em substituição à Saveiro) e uma de maior porte, para competir na faixa da S10, da General Motors.
A Fiat terá o Cinquecento. para enfrentar o minicarro alemão Smart, que a Mercedes-Benz promete para a primeira metade do ano. A Citroën, o C4 hatch, o C4 Picasso e o novo C5.
Ao todo, as montadoras e autopeças declararam investimentos de US$ 23 bilhões entre 2008 e 2013, divididos entre produtos, tecnologia e capacidade. (com AE)
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