Política Titulo Mauá
Paulo Suares se isenta
sobre situação de Edimar

Ex-vereador do PSDB está alocado à Câmara de Mauá
recebendo subsídios sem trabalhar; presidente se absteve

Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
08/03/2013 | 06:44
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Um dia após o Diário denunciar que o ex-vereador Edimar da Reciclagem (PSDB) está alocado à Câmara de Mauá recebendo subsídios sem trabalhar, o presidente da Casa, Paulo Suares (PT), disse que não tomará qualquer providência. O petista afirma que o assunto compete apenas ao parlamentar Jotão (PSDB), que abriga Edimar em seu gabinete.

Mesmo sendo presidente do Parlamento, Suares avalia que não há como interferir na nomeação de Edimar, pois os vereadores têm a prerrogativa de definir a composição de seus gabinetes. "Ele (Edimar) é assessor de um vereador. Não sei o que foi combinado entre eles. Isso compete apenas ao Jotão", tangenciou o petista.

Enquanto a situação não se resolve, Jotão segue sumido. Ontem, a equipe do Diário tentou insistentemente contato com o tucano para prestar esclarecimentos, mas em nenhum momento ele atendeu aos chamados. Na audiência pública sobre a apresentação do quadro financeiro de Mauá no último quadrimestre de 2012, o legislador não foi visto em plenário, tampouco se encontrava em seu gabinete na manhã de ontem.

Sem definição e se considerando "de férias", como disse à equipe do Diário na terça-feira, quando pela primeira vez foi visto no Legislativo, Edimar seguirá ganhando da Câmara, mesmo não apresentando garantias de que trabalhará no Parlamento. Inicialmente nomeado como assessor de Coordenação e Articulação Política em 3 de janeiro, ele recebeu vencimentos de R$ 2.970,96 até fevereiro. No começo deste mês, foi promovido a chefe de Gabinete, cujo subsídio mensal é de R$ 3.441,68.

Na legislatura passada (2009-2012), os papéis eram invertidos. Enquanto Edimar exercia o papel de vereador, Jotão chegou a ser chefe de Gabinete do colega.

Sem a cadeira de vereador e com a candidatura a prefeito naufragada, Edimar tem convite para trabalhar nos Paços de Diadema ou Rio Grande da Serra.

 

APROXIMAÇÃO

Apesar de receber contracheques do Legislativo sem prestar serviços, Edimar pode não encontrar resistência nem de vereadores governistas. O tucano tem relação de amizade com parlamentares petistas e sofreu com a desconfiança de integrantes do diretório municipal do PSDB por suposta aproximação com PT, ao mesmo tempo em que era candidato a prefeito pelo tucanato.

Comentários dentro do PSDB dão conta que Edimar foi visto, neste ano, na Prefeitura e outras repartições municipais administradas pelo petismo.

 

 




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