O executivo-chefe da General Motors, Rick Wagoner, afirmou que, agora que as questões ligadas à liquidez de curto prazo estão resolvidas, uma importante prioridade para a montadora será garantir a saúde da GMAC (braço financeiro do grupo), que fornece empréstimos para revendedores e consumidores.

Wagoner disse também que a GM não tem intenção de negligenciar os pagamentos aos fornecedores da montadora e acrescentou que a companhia fez todos os pagamentos devidos até agora.

Apesar de a GM ter conseguido algum tempo de alívio, Wagoner afirmou que "muitas" das iniciativas que devem ser resolvidas nos próximos meses precisarão de apoio e cooperação dos "principais parceiros", como o sindicato dos trabalhadores do setor automotivo dos EUA (na sigla em inglês, UAW), e os detentores de títulos da empresa.

Wagoner destacou que a GM ainda não começou a negociar seriamente com os detentores de títulos sobre a necessidade de reduzir a dívida da companhia.

Com US$ 13 bilhões em assistência emergencial que receberá do governo dos EUA e três meses para passar de uma empresa deficitária a uma montadora viável, a GM vai colocar em prática seu plano de reestruturação, para se tornar uma companhia menor e mais enxuta.

No entanto, a reestruturação da montadora começará em um ambiente de vendas ruins. O diretor-operacional da GM, Fritz Henderson, por sua vez, afirmou que o primeiro trimestre do próximo ano deverá ser tão ruim quanto o pior cenário contemplado no plano de reestruturação da GM.