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Terreno da Avenida Industrial terá conjunto de residências

A área, que foi leiloada e arrematada em 2006, e entregue aos novos donos somente nesta semana por causa de ação judicial

Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
11/12/2008 | 07:03
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A Immobili Participações e Empreendimentos, de São Paulo, atual proprietária de um terreno de 55 mil m² localizado na Avenida Industrial, em Santo André, pretende construir um conjunto residencial no local. A área, que foi leiloada e arrematada pela empresa em 2006, foi entregue aos novos donos somente nesta semana por causa de ação judicial. As obras não têm previsão para começar.

O imbróglio do terreno corria desde 1996, quando a fábrica de estruturas metálicas Companhia Brasileira Fichet & Schwartz Hautmont faliu. Desde então, o local ficou abandonado e abrigava 19 pessoas que viviam nas ruínas da antiga empresa. Dez anos mais tarde, a área foi leiloada.

"Neguei o lance que a Immobili deu na época por achar que o valor não correspondia com a realidade. A empresa recorreu junto ao Supremo Tribunal e conseguiu a compra", explicou o juiz da 5ª Vara Civil de Santo André, João Antunes dos Santos Neto.

O diretor da Immobili, Eduardo Rezende, não quis revelar o valor pago na negociação. "Não estou autorizado. O que posso dizer é que pagamos 40% quando arrematamos a área e o restante em cinco parcelas."

REINTEGRAÇÃO
Dos 19 moradores que viviam no terreno, 16 foram retirados do local na última quinta-feira (4) e outros três, anteontem. Segundo Rezende, a empresa se sensibilizou com a situação das pessoas e arcou com um ano de aluguel. "Não era nossa responsabilidade recolocá-los em outro lugar, mas não poderíamos deixar as pessoas na rua", disse.

O DAS (Departamento de Assistência Social) da Prefeitura de Santo André intermediou as negociações entre a empresa e os moradores. "Como o local era considerado uma área crítica, acompanhávamos aquelas pessoas no programa de redução de danos, dando orientações sobre sexualidade, distribuindo preservativos e ajudando com remédios. Por isso, ajudamos os atuais proprietários na remoção dos moradores", explicou o secretário-adjunto de Governo, Alberto Alves de Souza.

Para o juiz Santos Neto, a reintegração foi tranqüila porque os moradores tinham consciência que deixariam a área a qualquer momento. "A Prefeitura já orientava as pessoas que elas não poderiam mais permanecer no local", disse.




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