Em meio à crise financeira global, que causou uma forte valorização do dólar frente ao real, há oportunidades para que as pequenas indústrias da região impulsionem seus negócios. A avaliação é do secretário-executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e vice-presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Fausto Cestari Filho.

Para o dirigente, a 1ª Feira Industrial e de Subcontratação de Serviços do Grande ABC, organizada pela Agência e que será realizada de 5 a 8 de novembro no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo, poderá facilitar a aproximação das microempresas locais com grandes companhias para o fornecimento de produtos e serviços, em um momento em que a moeda americana passou de R$ 1,60 para a faixa de R$ 2,30 em cerca de um mês.

A expectativa é de que, com o encarecimento das importações, poderá haver a substituição de componentes adquiridos do Exterior por itens fabricados no País.

Uma das principais iniciativas recentes da entidade, juntamente com a edição de um guia com cerca de 13 mil empresas da região, a feira regional terá um Projeto Comprador - ou seja, rodadas de negócios com a presença de mais de 20 âncoras. Entre as presentes estarão a General Motors, Volkswagen, Embraer, Basf, Rhodia, TIM e Bridgestone Firestone.

O evento, que terá entrada gratuita, tem como objetivo ampliar a integração e cooperação entre empresários, instituições públicas e entidades de apoio ao empreendedorismo, para fortalecer ainda mais a economia dos sete municípios.

Segundo Cestari Filho, o foco é mostrar que a região tem variedade grande de atividades econômicas, mas pouco se conhece em relação a essa diversidade. Atualmente, o Grande ABC reúne mais de 10 mil indústrias de segmentos como automobilístico e autopeças, químico e petroquímico, de transformação de plástico, cosmético, alimentício, moveleiro e gráfico, entre outros.